Portugal vai participar na construção do maior telescópio ótico do mundo - TVI

Portugal vai participar na construção do maior telescópio ótico do mundo

Profundidade do espaço pelo Hubble

A construção tem início previsto para o final deste ano

Portugal confirmou na terça-feira a sua adesão à lista de países participantes na construção do maior telescópio ótico/infravermelho do mundo, o E-ELT, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Educação e Ciência.

A construção, com início previsto para o final deste ano, ficará a cargo do Observatório Europeu do Sul (OES), organização da qual Portugal é um dos países-membros.

A contribuição financeira adicional de Portugal para o «European Extremely Large Telescope» (E-ELT) rondará os 5,1 milhões de euros, pagos ao longo dos dez anos da sua construção, informa o OES em comunicado divulgado no seu portal.

Segundo o OES, o telescópio permitirá estudar detalhadamente os primeiros objetos do Universo, planetas em órbita de outras estrelas, buracos de massa extremamente elevada e a natureza e a distribuição da matéria escura e da energia escura.

O E-ELT vai ter um espelho segmentado de 39,3 metros de diâmetro e ficará localizado no Cerro Armazones, no norte do Chile, próximo do Observatório do Paranal do OES.

Treze Estados-membros do OES já confirmaram a sua participação no projeto.

A adesão de Portugal ao E-ELT surgiu após conversações do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, com o Observatório Europeu do Sul, durante a inauguração, em março, no Chile, do maior radiotelescópio do mundo, o ALMA, também construído pelo OES.

Portugal aderiu ao Observatório Europeu do Sul em 2000, tendo a sua adesão sido ratificada pela Assembleia da República em 2001.

Anualmente, Portugal contribui para os custos anuais de operação da infraestrutura com cerca de um por cento do orçamento global da organização - perto de 1,8 milhões de euros em 2012, valor que se mantém aproximadamente em 2013, de acordo com o Ministério da Educação e Ciência.

Em comunicado, o ministro Nuno Crato salienta que o E-ELT permitirá aos cientistas portugueses «participarem na investigação proporcionada por este telescópio», sendo que a indústria «terá o desafio de concorrer a este empreendimento».

A mesma nota realça que algumas empresas «já estão a trabalhar para produzir componentes para o futuro E-ELT».
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