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Twitter torna as pessoas insensíveis

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Cientistas revelam que a utilização intensa das redes sociais privam os jovens de sentirem as emoções

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Estudos de cientistas revelam que o uso abusivo das redes sociais, como é o caso do Twitter, podem privar as pessoas de viverem as emoções, privando-as do sentimento de moralidade, de acordo com informação da edição online do jornal britânico Daily Mail.

Alguns estudos mostram que o fluxo de informação proporcionado pelas redes digitais, pode provocar efeitos a longo prazo no desenvolvimento do cérebro dos mais novos.

Com a crescente utilização das redes sociais, como por exemplo o Twitter e o Facebook, os utilizadores podem vir a ficar «indiferentes ao sofrimento humano», devido à falta de tempo para reflectirem e viverem emoções e sentimentos.

Cientistas do Instituto «Brain and Creativity» da «University of Southern California» (USC) mostram que é mais demorado o processo de activação das emoções, como a admiração e a compaixão, em relação aos estímulos do cérebro à dor física, por exemplo, o que se torna crítico para o desenvolvimento do sentimento de moralidade.

O estudo levanta questões no sentido de se tentarem perceber as emoções, numa altura em que se vive uma elevada dependência da informação obtida através da televisão e das redes sociais online, como é o caso do Twitter.

O impacto poderá ser muito maior nos mais novos, cujos cérebros ainda se encontram em desenvolvimento. No que toca por exemplo à tomada de decisão sobre situações envolvendo outras pessoas, é necessário um determinado tempo de reflexão.

O Twitter é cada vez mais usado incluindo por diversas celebridades. Barack Obama terá utilizado esta ferramenta durante as eleições presidenciais nos EUA como forma de falar rápido e directamente, uma vez que o Twitter permite enviar mensagens com apenas 140 caracteres, através da internet ou do telemóvel, para milhares de seguidores.

António Damásio, director do Instituto da USC, sugere que determinados meios digitais podem adaptar-se a determinados processos mentais, mas outros não se revelam tão eficazes.

Os investigadores mostram-se cada vez mais preocupados com o tempo que os jovens empregam nestas redes sociais, deixando de praticar outras actividades que apelam mais ao desenvolvimento de um sentimento moral diferente, como é o caso de ler um livro ou mesmo sair com os amigos.

O professor Damásio acrescenta ainda que o cérebro, com a frequente utilização, não é estimulado no uso das emoções, fazendo com que o ser humano deixe de valorizar sentimentos como a compaixão e a admiração.
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