Seis alimentos que nunca deve reaquecer - TVI

Seis alimentos que nunca deve reaquecer

  • Tomásia Sousa
  • 23 fev 2016, 15:28
Comida (arquivo)

Depois de cozinhados, os alimentos devem ser refrigerados ou congelados dentro de duas horas uma vez que, à temperatura ambiente, desenvolvem-se bactérias que, depois do aquecimento, podem provocar intoxicações alimentares ou problemas de estômago

Para muitas pessoas, levar o almoço para o trabalho e aquecê-lo no microondas tornou-se um hábito. Mas sabia que não deve fazer isso com qualquer alimento? Nem todas as refeições respondem bem ao reaquecimento, podendo causar dores de estômago e outros problemas.

De acordo com o Conselho Europeu para a Informação Alimentar, o armazenamento impróprio da comida após ser cozinhada é a razão mais comum para a intoxicação dos alimentos. 

Depois de cozinhados, os alimentos devem ser refrigerados ou congelados no espaço temporal de duas horas, o que inclui o tempo em que estão fora do frigorífico ou servidos à mesa. Durante esse tempo em que està à temperatura ambiente, a comida desenvolve bactérias. Mas, ainda que não esteja mais do que duas horas fora do frigorífico ou do congelador, pode ser guardada, desde que de forma apropriada e sem entrar em contacto com superfícies que não estejam limpas.

Depois da lista de 15 alimentos que fazem ter ainda mais fome e dos seis que deve evitar comer, eis os seis alimentos que devemos evitar reaquecer, segundo o Conselho Europeu para a Informação Alimentar e a Agência de Normas Alimentares do Reino Unido.

 

1. Frango

O frango contém uma quantidade de proteína superior às carnes vermelhas o que, ao aquecer este alimento pela segunda vez, pode causar problemas digestivos.

Também o facto de poder conter salmonela pode ser um problema com reaquecimentos, uma vez que o calor não chega a todas as partes da comida de igual forma. 

 

2. Arroz

Os esporos do arroz multiplicam-se quando este é deixado à temperatura ambiente depois de ser cozinhado. De acordo com a Agência de Normas Alimentares, esses esporos podem multiplicar-se e produzir toxinas que causam o vómito ou diarreia.

Mesmo que seja reaquecido, essas toxinas permanecem no arroz.

 

3. Batata

A batata é dos alimentos mais propícios a desenvolver bactérias depois de cozinhada. A forma como são guardadas depois de serem preparadas é por isso muito importante. Se as batatas forem deixadas a arrefecer à temperatura ambiente em vez de serem colocadas imediatamente no frigorífico, podem estar criadas as condições para o desenvolvimento de clostridium botulinum, uma bactéria que pode provocar uma toxi-infeção alimentar.

Esta bactéria não é eliminada com o aquecimento no microondas. É pois necessário agir por antecipação e a melhor opção é mesmo colocar imediatamente as batatas no frigorífico logo após cozinhá-las.

 

4. Cogumelos

Regra geral, os cogumelos devem ser ingeridos logo a seguir à preparação. As proteínas deste alimento podem ser facilmente destruídas por enzimas e microorganismos, o que pode causar problemas de estômago depois de serem reaquecidos, caso não tenham sido guardados e conservados de forma apropriada.

Mas, segundo o Conselho Europeu para a Informação Alimentar, se os cogumelos não forem guardados no frigorífico por mais de 24 horas, não haverá problema em reaquecê-los.

 

5. Aipo, espinafre e beterraba

Dependendo do local onde foram plantados, estes alimentos podem conter elevadas concentrações de nitrato.

Os nitratos em si não são inofensivos, mas, quando aquecidos pela segunda vez, podem ser convertidos em nitritos e nitrosaminas, alguns dos quais cancerígenos.

Isso pode afetar a capacidade do sangue conduzir o oxigénio nas crianças pequenas, o que causa o conhecido “Síndrome do Bebé Azul”, pelo que o Conselho Europeu para a Informação Alimentar desaconselha o reaquecimento de espinafres.

 

6. Ovos

Também devido à elevada quantidade de proteína, que pode tornar-se tóxica quando aquecida, reaquecer ovos mexidos ou cozidos pode causar problemas digestivos.

 

O organismo europeu aconselha a que se dividam grandes quantidades de comida em pequenas porções, guardadas em caixas com menos de cinco centímetros de profundidade, que facilitam o posterior aquecimento. Estes alimentos devem ser consumidos num prazo preferencial de dois dias, embora alguns deles podem ser conservados até cinco dias.

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