Internet: Metade das mulheres com mais de 66 nunca usou - TVI

Internet: Metade das mulheres com mais de 66 nunca usou

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Dois estudos sobre o uso da Internet pelos idosos revela que há mais homens do que mulheres a navegar e que o lar é o local onde mais acedem

Mais de metade das mulheres portuguesas com mais de 66 anos nunca usou a internet, de acordo com um estudo nacional que demonstra que a rapidez de evolução das novas tecnologias não tem sido acompanhada pelos seniores.

De acordo com os resultados da investigação, 52,9 por cento das mulheres com mais de 66 anos admitem nunca ter usado a internet, enquanto apenas 11,8 por cento dos homens na mesma faixa etária estão na mesma situação.

Conclusão semelhante quando analisado o grupo entre os 55 e os 65 anos, onde 32 por cento das mulheres nunca usou a internet, contra apenas 6,5 por cento de homens.

Por oposição, há pouca diferença entre homens e mulheres entre os 55 e os 65 anos em relação aos que usam muito frequentemente a internet, havendo 32,3 por cento de homens e 28 por cento de mulheres. Na faixa etária acima dos 66 anos, regista-se 35,3 por cento de homens, contra 11,8 por cento de mulheres.

«São os homens seniores (inclusive os mais velhos) que revelam um uso mais frequente da internet. No caso das mulheres, são as idosas mais jovens que o fazem», aponta o estudo a que a Lusa teve acesso.

O estudo «Representações e usos das tecnologias digitais por diferentes grupos de seniores em Portugal», da investigadora Isabel Dias, do departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, revela que há uma relação entre o uso das tecnologias de informação, em particular a Internet e o computador, a idade e o género das pessoas entrevistadas.

Para o resultado da pesquisa foram entrevistadas 91 pessoas com mais de 55 anos, 57 delas com idades entre os 55 e os 65 anos e 34 com mais de 66 anos. Dentro do grupo de entre 55 a 65 anos, 32 são homens e 25 são mulheres, enquanto no grupo com mais de 66 anos, a divisão é equitativa.

Mas, o «fosso» entre homens e mulheres começa mais cedo. As mulheres passam menos tempo online .

Um outro estudo, da autoria da investigadora Lídia Oliveira, da Universidade de Aveiro, conclui o mesmo e revela que O lugar mais privilegiado no acesso à internet é o lar (mais de 40 por cento), logo seguido da biblioteca (cerca de 35 por cento).

Os dois estudos, realizados no âmbito do Projecto Inclusão e Participação Digital, vão ser apresentados esta sexta-feira na Conferência «Diversidade Digital», que decorre na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
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