Covid-19: concentrador de oxigénio da U.Porto pode servir de apoio ou alternativa a ventiladores - TVI

Covid-19: concentrador de oxigénio da U.Porto pode servir de apoio ou alternativa a ventiladores

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  • 8 mai 2020, 15:28
Coronavírus

Concentrador de oxigénio de “baixo custo” está já em fase de testes

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveu, em resposta à Covid-19, um concentrador de oxigénio de “baixo custo” que pode servir de apoio ou alternativa aos ventiladores, foi esta sexta-feira anunciado. 

Numa nota publicada no ‘site’ da Universidade do Porto, a FEUP adianta que o dispositivo, que está já em fase de testes, visa “adiar a necessidade de os doentes recorrerem ao ventilador”.

 Os concentradores de oxigénio, dispositivos que extraem o oxigénio do ar atmosférico, concentrando-o a um nível de pureza de até 95%, podem “assumir um papel importante em locais onde não existe acesso à rede de gases hospitalares ou ainda em pacientes que necessitem de cuidados respiratórios domiciliários”, esclarece a FEUP. 

O protótipo, que está a cargo de uma equipa liderada por Adélio Mendes, investigador do Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE) da FEUP, encontra-se em fase de testes, sendo que depois, “seguirá para certificação e validação por especialistas”. 

“A ideia será produzir estes concentradores localmente, sempre que for solicitado, numa versão ‘low cost’”, lê-se na publicação.

Citado no comunicado, Adélio Mendes, adianta que a viabilidade deste dispositivo é “grande, uma vez que a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a sua utilização como alternativa aos ventiladores”. 

“Um concentrador de oxigénio purifica o oxigénio a partir do ar atmosférico até 95% e pode ser usado em oxigenoterapia (…) No caso da covid-19, a oxigenoterapia é recomendada para todos os doentes severos e em estado critico”, avança o investigador, acrescentando que o dispositivo pode ser usado numa fase “pré-ventilador”, como também estar a acoplado a um ventilador.

Também citado no comunicado, Rui Soares, diretor executivo da Paralab (uma das empresas que colabora com a FEUP), avança que um dos objetivos é “fazer uma versão ‘low cost’” do dispositivo.

Uma unidade comercial de cinco litros/minuto custa em média 1.200 euros, mas um dos nossos objetivos é também fazer uma versão ‘low cost’, cujo projeto ficará disponível numa plataforma ‘online’ para poder ser replicado em outros países”, concluiu Rui Soares.

Além do LEPABE e da Paralab, integra este projeto uma investigadora do Design Studio da FEUP.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.114 pessoas das 27.268 confirmadas como infetadas, e há 2.422 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde

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