Covid-19: Pfizer reduz para metade as doses da vacina distribuídas em 2020 - TVI

Covid-19: Pfizer reduz para metade as doses da vacina distribuídas em 2020

Pfizer

Só deverão ser distribuídas 50 milhões das 100 milhões de doses inicialmente previstas

A farmacêutica Pfizer anunciou esta quinta-feira que vai reduzir para metade as doses da vacina contra a covid-19 que espera fabricar e distribuir em 2020. Segundo a empresa norte-americana, em causa estão problemas na cadeia de fornecimento.

Assim, a Pfizer deverá fabricar e distribuir apenas 50 milhões das 100 milhões de doses inicialmente previstas até ao final do ano. A vacina já foi autorizada no Reino Unido, e deve ser aprovada na União Europeia no dia 29 de dezembro. Só o Reino Unido encomendou 14 milhões de doses da vacina.

Ampliar a cadeia de fornecimento demorou mais do que o esperado", afirmou um porta-voz da empresa, citado pelo Wall Street Journal.

A farmacêutica norte-americana desenvolveu a vacina em parceria com a empresa alemã BioNTech, tendo apresentado uma eficácia de 95%, segundo estudos preliminares.

Uma das grandes desvantagens desta vacina está precisamente relacionada com o transporte. A necessidade de ser mantida a cerca de 70 graus Celsius negativos está a ser um verdadeiro desafio à ciência.

A vacina da Pfizer administra-se com duas doses, e também está a ser analisada pela Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos, onde uma autorização similar está em curso para a vacina da Moderna.

Uma fonte ligada ao processo revelou ao Wall Street Journal que a empresa se atrasou: "Alguns lotes de matérias-primas falharam nos testes de qualidade. Resolvemos o problema, mas acabou por ser fora de tempo para que conseguíssemos atingir as metas de distribuição".

A empresa não revelou quais os materiais com falta de qualidade, sendo que a vacina precisa de vários componentes para ser eficaz. Entre eles destacam-se agentes antivirais, líquidos antisséticos, água esterilizada ou elementos de ADN.

A Pfizer e a BioNTech esperam conseguir produzir e entregar 1,3 mil milhões de vacinas contra a covid-19 até ao final de 2021.

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