Covid-19: suecos dizem que 30% das pessoas sem sintomas pode ter imunidade - TVI

Covid-19: suecos dizem que 30% das pessoas sem sintomas pode ter imunidade

  • Sofia Santana
  • 1 jul 2020, 16:07
Covid-19

Um novo estudo sobre a Covid-19, realizado na Suécia, sugere que a imunidade contra o coronavírus pode ser maior do que o que se pensava

Um novo estudo sobre a Covid-19 sugere que a imunidade contra o Sars-CoV-2 pode ser maior do que o que se pensava. De acordo com esta investigação, muitas pessoas que têm resultados negativos nos testes à produção de anticorpos contra o coronavírus podem, mesmo assim, ter alguma imunidade.

O estudo foi realizado no Instituto Karolinska, na Suécia, um país que causou polémica, no início da pandemia, ao ser dos poucos da Europa a rejeitar a imposição de um confinamento. Atualmente, a Suécia tem uma taxa de mortalidade maior do que os seus vizinhos mais próximos.

Ora, esta investigação, que ainda carece de revisão, concluiu que mesmo pessoas com sintomas leves ou sem sintomas nenhuns da doença podem ter criado alguma imunidade através de uma resposta das células T (as células do sistema imunitário responsáveis pela defesa do organismo).

De acordo com os cientistas suecos, o número de pessoas com imunidade através das células T pode mesmo ser o dobro do número de pessoas com imunidade através da produção de anticorpos.

Análises avançadas permitiram-nos mapear com detalhe a resposta das células T durante a infeção por Covid-19. Os resultados indicam que quase o dobro das pessoas desenvolveu imunidade através das células T, comparativamente com as que ganharam imunidade através de anticorpos”, frisou Marcus Buggert, um dos investigadores e autores do estudo.

O estudo envolveu testes sobre os anticorpos e as células T de 200 pessoas entre março e maio.

Alguns testes incidiram sobre dadores de sangue que não foram infetados com a doença, outros testes foram realizados a um grupo de doentes que foram dos primeiros a contrair a infeção no país.

Segundo aos autores da investigação, 30% das amostras dos dadores de sangue, que não foram infetados, tinham células T específicas contra a Covid-19.

Isto pode significar que um maior número de pessoas do que aquele que é sugerido pelos testes aos anticorpos tenha adquirido algum tipo de imunidade contra o vírus.

Ainda assim, Marcus Begger explica que são necessários mais estudos para perceber se estas células T bloqueiam completamente o vírus e impedem a sua transmissão ou se apenas fazem com que o indivíduo não adoeça, continuando este a poder transmitir o vírus.

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