Covid-19: Twitter refuta comentário de porta-voz chinês sobre origem do vírus - TVI

Covid-19: Twitter refuta comentário de porta-voz chinês sobre origem do vírus

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  • 29 mai 2020, 09:55
Twitter

A 13 de março, Zhao Lijian afirmou então que o novo coronavírus "poderia ter sido trazido pelo Exército dos Estados Unidos para Wuhan"

A rede social Twitter contestou esta sexta-feira uma mensagem do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China sobre a origem da Covid-19, após a verificação das informações.

Em 13 de março, Zhao Lijian afirmou então que o novo coronavírus "poderia ter sido trazido pelo Exército dos Estados Unidos para Wuhan", cidade onde foi identificada, em dezembro passado, a covid-19.

A mensagem surgiu agora acompanhada por um alerta, que permite aceder a outro portal, o qual explica que a Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que os testes efetuados apontam que o vírus é de origem animal e não foi criado em laboratório.

Em março, o comentário de Zhao levou o Departamento de Estado dos EUA a convocar o embaixador chinês no país, Cui Tiankai, deteriorando ainda mais as relações entre os dois países.

Pequim e Washington travavam já uma prolongada guerra comercial e tecnológica e disputam a influência no leste da Ásia, mas o novo coronavírus, que alastrou por todo o mundo, causando mais de 100 mil mortos nos EUA, abalou ainda mais as relações.

Depois de a mensagem difundida por Zhao, o Presidente norte-americano, Donald Trump, começou a referir-se ao novo coronavírus como "vírus chinês" e acusou a China de omitir dados sobre a origem e o início da doença.

Na terça-feira, o Twitter começou a usar o mesmo procedimento com Trump, relacionando uma mensagem difundida pelo líder norte-americano com informações verificadas que contradisseram as afirmações do chefe de Estado.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 357 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

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