Corte de 5 mil empregos na Microsoft exclui Portugal - TVI

Corte de 5 mil empregos na Microsoft exclui Portugal

  • Rui Pedro Vieira
  • 22 jan 2009, 16:06
Steve Ballmer

Subsidiária espera que recrutamento prossiga em função de necessidades

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A recessão mundial está a ter reflexos na venda de software: em reacção, a multinacional Microsoft anunciou esta quinta-feira que vai cortar 5 mil postos de trabalho.

Em declarações à Agência Financeira (AF), fonte oficial da empresa em Portugal garantiu que não será afectada por esta medida: «A subsidiária portuguesa é das melhores a nível internacional. É muito ágil e flexível, pelo que não há muito por onde cortar», garantiu.

Os despedimentos anunciados vão afectar as áreas de investigação, marketing e vendas e vão permitir poupar 1,16 mil milhões de euros (1,5 mil milhões de dólares). O CEO da empresa, Steve Ballmer, justificou a decisão com o facto da crise financeira estar a levar as pessoas a cortar nas despesas com o computador.

Se, por um lado, as vendas do Windows caíram 8 por cento de Outubro a Dezembro de 2008, a área de servidores, que está relacionada com o mercado empresarial, cresceu 15%.

Empresas são 90% dos clientes em Portugal

Recorde-se que a Microsoft Portugal tem as empresas como cerca de 90% dos seus clientes. Por isso mesmo, e não descartando a hipótese de «ajustamentos internos», a empresa diz mesmo que, no território nacional, «se espera que se continue a investir».

Intel despede pelo menos 5 mil trabalhadores

Segundo avançou fonte oficial da multinacional em Portugal à AF, dos 5 mil cortes anunciados, que representam 5% da força total de trabalho, 1.400 serão imediatos, mas «é expectável que a 18 meses o valor líquido da redução seja de 2 a 3 mil funcionários». Tudo porque a política-chave da Microsoft passa por encaminhar para novos cargos e áreas de trabalho, funcionários que sejam dispensados da sua actual função.

«A empresa continuará a recrutar em função das necessidades do momento», sublinhou a mesma fonte da Microsoft Portugal.

Recorde-se que a multinacional teve um lucro global de 3,22 mil milhões de euros (4,17 mil milhões de dólares) nos últimos três meses do ano, algo que contrasta com os 3,64 mil milhões de euros (4,71 mil milhões de dólares) do período homólogo.
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