Doze detidos na Tailândia por partiharem publicação sobre violação no Facebook - TVI

Doze detidos na Tailândia por partiharem publicação sobre violação no Facebook

  • AR
  • 7 set 2018, 09:11
Facebook

Vítima será uma turista britânica, que acusa as forças de segurança de se recusaram a aceitar a queixa quando denunciou o crime

A polícia tailandesa deteve 12 pessoas que partilharam uma publicação no Facebook sobre uma alegada violação de uma turista britânica que afirmou que as forças de segurança se recusaram a aceitar a queixa quando esta denunciou o crime.

O advogado dos 12 homens tailandeses, Winyat Chatmontree, disse na quinta-feira que estes foram detidos em várias províncias esta semana por violarem a Lei de Crimes Informáticos.

Os detidos enfrentam agora até cinco anos de prisão e multas por espalharem informações falsas e atentarem contra a segurança nacional.

A polícia negou ter recusado a queixa da britânica e explicou que a sua investigação concluiu que a alegação de ter sido violada na ilha de Koh Tao em junho não era verdadeira.

A jovem de 19 anos, que voltou a Inglaterra, disse aos jornalistas que acredita ter sido drogada por alguém que colocou algo na sua bebida e que acordou depois numa praia após ter sido violada e roubada.

Da nossa investigação inicial, concluímos e informámos o nosso comissário (...) que de momento não há provas ou testemunhas que provem que o incidente tenha ocorrido", disse o chefe da Polícia de Turismo, Surachet Hakpan, que liderou a investigação, durante uma conferência de imprensa na quinta-feira.

Koh Tao, embora popular entre os turistas estrangeiros, está ligada aos homicídios dos britânicos Hannah Witheridge e David Miller, que foram espancados até a morte numa das praias da ilha em 2014.

Esse caso ficou marcado também pela especulação de que os dois trabalhadores migrantes de Mianmar condenados e sentenciados à morte pelo crime eram apenas bodes expiatórios.

A Lei dos Crimes Informáticos foi criada para processar publicações do Facebook sobre a monarquia do país ou questões políticas, mas raramente para casos puramente criminais

Continue a ler esta notícia