Canal BBC News pode ser exclusivamente online - TVI

Canal BBC News pode ser exclusivamente online

BBC (Lusa/EPA)

Televisão britânica pondera alteração tendo por base a redução de custos, o avanço tecnológico e a forma como a cobertura noticiosa é feita

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A BBC estará a ponderar tornar exclusivamente online o seu canal de notícias (BBC News), de acordo com o Guardian, nesta segunda-feira. Um cenário que, todavia, a televisão britânica recusou comentar.
 
Em curso estará já, segundo fontes contactas pelo Guardian, um levantamento do impacto da transformação digital do canal televisivo, sendo que nenhuma decisão terá sido tomada até ao momento.
 
No último relatório e contas da BBC, relativo a 2013/2014, os custos de produção do canal foram de cerca de 37,5 milhões de euros, enquanto os custos de produção relativamente à cobertura televisiva de notícias foram de aproximadamente 30 milhões.
 
Adicionalmente, foram gastos no canal de notícias 68 milhões em conteúdos, 11 milhões em distribuição e 13 milhões em infraestruturas/apoios, números que, associados à forma como hoje em dia as pessoas acedem e procuram as notícias, tornam a passagem para o digital menos dispendiosa.

Recentemente, o diretor da BBC News, James Harding, disse estar a perder audiências para as novas tecnologias e para as redes sociais, os primeiros pontos de acesso de quem quer estar informado.

“A BBC News é o canal de notícias 24 horas mais visto no Reino Unido, chegando a 8,6 milhões de adultos todas as semanas, mas, como acontece noutras televisões, as audiências estão em queda há três anos. O que dizem estes dados sobre nós? Dizem-nos que tal como a BBC redefiniu a notícia para os britânicos, primeiro na rádio, depois na televisão e mais recentemente online, vai ter de considerar a possibilidade de o fazer uma vez mais. A tecnologia está a transformar a forma como a BBC conta as histórias, a forma como todas as pessoas acedem às histórias. Em particular, está a mudar a forma como as pessoas chegam às notícias de última hora, ou seja, através dos telemóveis e não da televisão”, afirmou.

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