Alunos dinamarqueses com acesso à net durante os exames - TVI

Alunos dinamarqueses com acesso à net durante os exames

Internet (arquivo)

Podem consultar qualquer site que quiserem para responder ás questões. Só não podem enviar e receber mensagens e e-mails

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14 escolas dinamarquesas estão a testar um sistema piloto que permite o cesso à internet durante os exames. Segundo a BBC, as autoridades dinamarqueses esperam alargar o programa a todas as escolas já em 2011.

A Escola Secundária de Greve, a Sul de Copenhaga, é um dos estabelecimentos onde o sistema já está a funcionar. Na manhã do exame, em cima das mesas há computadores portáteis ligados à internet e os alunos recebem um cd-rom junto com o exame de língua dinamarquesa.

A professora explica que os alunos podem consultar qualquer site que queiram durante a prova, até o Facebook, só não podem é enviar mensagens ou e-mails aos colegas ou mesmo a pessoas que estejam fora da sala de aula.

Sanne Yde Schmidt, responsável por este projecto-piloto na Escola Secundária de Greve explica à «BBC» que obviamente é difícil controlar o envio de mensagens, mas os responsáveis confiam na integridade dos alunos. «Confiamos neles. Penso que a taxa de copianço será muito baixa porque as consequências são muito severas. Penso que poucos se atreverão a correr esses riscos», explica. É que quem for apanhado a copiar será expulso.

Nem os alunos acreditam que o uso da internet sirva para copiar. «É possível fazer batota, mas penso que temos tanto respeito e auto-disciplina que não o faremos», afirma Pernille Günther Jensby, 18 anos.

Para Nina Ahmed, 18, «será muito difícil violar as regras porque não temos tempo, estamos sobre pressão. Temos muito que fazer».

Os professores explicam que as questões a que os estudantes têm de responder neste tipo de exames também não são propícias a copiar, já que são obrigados a relacionar os factos e não apenas a debitá-los.

O ministro da Educação da Dinamarca, Bertel Haarder não tem dúvidas de que «dentro de alguns anos a maior parte dos países europeus terão adoptado este modelo de provas».

«A internet já é parte do dia-a-dia dos alunos, porque não traze-la para a sala de exames?», questiona.
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