Noruega vai construir túnel flutuante entre os fiordes - TVI

Noruega vai construir túnel flutuante entre os fiordes

  • CM
  • 28 fev 2019, 17:46

Governo está a estudar viabilidade do projeto, que pretende ser uma alternativa à morosa E39, uma “estrada chave” que atravessa a costa sudoeste e de onde saem mais de 50% das exportações do país

A Noruega quer construir um túnel flutuante entre os fiordes, projeto que se encontra já em fase de estudo, de acordo com a Statens vegvesen, a administração de estradas públicas do país.

A estrutura pretende ser uma alternativa à morosa E39, uma “estrada chave” que atravessa a costa sudoeste e de onde saem mais de 50% das exportações do país.

Atualmente, a viagem de 1.100 quilómetros pela costa entre as cidades de Kristiansand, a sul, e Trondheim, a norte, demora 21 horas e exige seis passagens de ferry.

O projeto que está, agora, em análise prevê reduzir para metade o tempo de viagem, além de eliminar as viagens de barco.

Tem um custo estimado de 35 mil milhões de euros e contempla a construção de três pontes, cinco pontes flutuantes e de um túnel por entre as montanhas, mas debaixo de água, a 392 metros de profundidade e com 27 quilómetros de comprimento.

No entanto, segundo os especialistas, a parte mais ambiciosa do projeto é o túnel flutuante submerso a 30 metros de profundidade, que fará a ligação ao túnel rochoso, sempre que não seja possível furar a montanha.

E como as pontes, aéreas ou flutuantes, são mais suscetíveis às condições atmosféricas, como vento e ondas, o túnel flutuante submerso apresenta-se, segundo a chefe de engenharia da Statens vegvesen, Arianna Minoretti, como a melhor solução, uma vez que as correntes debaixo de água não são tão intensas como à superfície.

A maior dificuldade, para já, é perceber como uma explosão, um fogo ou uma sobrecarga poderá afetar a segurança do túnel flutuante, cenários que estão a ser testados, inclusive a possível colisão de um submarino com a estrutura.

Apesar de haver ainda muitos ses, o projeto tem conclusão prevista para 2050, ou seja, dentro de aproximadamente 30 anos.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE