A descoberta foi feita há já dois anos por Pascal Oesh, astrónomo da Universidade de Yale, através do telescópio Hubble . Contudo só agora, com a ajuda de outros cientistas da Universidade de Yale e da Califórnia, foi possível calcular a idade exata da galáxia de cor azul.
Feeling distant? @NASA_Hubble & @NASAspitzer observe the most distant galaxy measured: http://t.co/on5aJrskYu pic.twitter.com/WVQIkymoVe
— NASA (@NASA) 5 maio 2015
Foi ainda necessário o recurso ao telescópio Splitzer, para os investigadores descobrirem que a EGS-Zs8-1 está a 13.1 mil milhões de anos-luz (cada ano-luz equivale a 9.3 biliões de quilómetros) na constelação Bootes, batendo assim o recorde da galáxia mais longínqua por cerca de 30 milhões de anos.
Segundo Garth Illingworth, astrónomo da Universidade da Califórnia, a foto cedida pela NASA e pela Agência Espacial Europeia retrata um momento crucial de quando as galáxias e as estrelas se estão a começar a formar no universo, depois daquela que é chamada a Idade das Trevas.
O investigador acrescenta que a EGS-Zs8-1 já deu 80 vezes origem a mais estrelas que a Via Láctea dá atualmente e garante ainda que, se não fosse a presença do Sol, a galáxia iria ter uma cor muito mais azul."Estamos a olhar para uma criança que está a crescer rapidamente", afirma Illingworth.
A NASA considera improvável que a galáxia se mantenha como a mais distante durante muito tempo, já que, em 2018, será lançado o telescópio espacial James Webb, que irá estudar cada fase da história, desde as primeiras luzes do Bing Bang até a evolução que deu origem ao nosso sistema solar, e prevê encontrar novas galáxias.