A Google vai passar a “enganar” extremistas e potenciais jihadistas do Estado Islâmico, e outras organizações terroristas, ao apresentar resultados opostos às suas pesquisas quando utilizem palavras ligadas ao terrorismo, ou consideradas perigosas.
Os utilizadores que pesquisem termos como “juntar-se ao Estado Islâmico” (join ISIS) recebem de volta vários links patrocinados (os AdWords) ligados a programas ou sites de desradicalização, ou seja, exatamente o oposto do que pretendiam.
A gigante norte-americana, dona do motor de busca mais utilizado no mundo, acredita que desta forma pode ajudar a prevenir que novos membros sejam recrutados na internet.
Segundo disse Anthony House, executivo senior da Google, ao Telegraph, a empresa vai apostar em dois programas: um focado na melhor identificação deste tipo de pesquisas, outro nos resultados opostos.
“Estamos a trabalhar em dois programas pilotos. Um servirá para garantir que estas pesquisas são mais facilmente identificáveis. O outro, passa por assegurar que quando as pessoas pesquisas termos perigosos no nosso motor de busca recebam [resultados opostos aos que pretendem].”
Só em 2014, a empresa retirou do Youtube (que pertence à Google) 14 milhões de vídeos considerados perigosos ou que violavam as regras do site. Entre eles incluem-se um número não divulgado de vídeos ligados ao terrorismo.
Outras empresas, como o Twitter e o Facebook, também estão empenhados no combate ao terrorismo, e têm equipas especificamente designadas para apagar contas e conteúdo deste género. O Twitter garante que tem “mais de 100” pessoas que procuram conteúdos impróprios no site, e que dezenas de milhares de contas de extremistas foram apagadas nos últimos 12 meses.