Estação Espacial: Discovery transporta  laboratório científico japonês - TVI

Estação Espacial: Discovery transporta laboratório científico japonês

Fotos na Estação Espacial Internacional (EPA/NASA)

Missão de 13 dias tem por objectivo transportar o principal módulo

O vaivém espacial Discovery parte sábado numa missão de 13 dias destinada a levar até à Estação Espacial Internacional (ISS) o principal módulo de um laboratório científico japonês, escreve a Lusa.

O lançamento está previsto para as 17:02 locais (22:02 em Lisboa) do Centro Espacial Kennedy, perto de Cabo Canaveral, na Florida, se as condições meteorológicas o permitirem. A tripulação de sete astronautas inclui um japonês e uma mulher, Karen Nyberg, 38 anos, solteira, que fará a sua estreia no espaço.

O laboratório japonês Kibo, cujo primeiro elemento - o módulo logístico de experimentação pressurizado, que serve sobretudo de entreposto - foi já transportado para a ISS pelo vaivém Endeavour em Março, completará a arquitectura da estação.

Com o Kibo, que significa «esperança» em japonês, o Japão torna-se membro pleno da ISS, a par dos Estados Unidos, Rússia e Europa, cujo laboratório Columbus foi entregue em Fevereiro pelo vaivém Atlantis.

A parte principal do laboratório («Módulo Pressurizado») é um grande cilindro do tamanho de um autocarro, com 11,2 metros de comprimento, 4,4 metros de diâmetro e 15,9 toneladas de massa no vazio, sendo dotado de um sistema próprio de manipulação telecomandado com um braço robotizado.

Último componente viaja em Março de 2009

O lançamento do terceiro e último componente do Kibo, chamado «Instalação Exposta», está programado para Março de 2009.

O Japão investiu cerca de 2,8 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) neste programa, que constitui a sua principal participação na ISS.

Além da instalação do principal módulo do Kibo, os astronautas do Discovery irão inspeccionar o mecanismo de rotação danificado de uma das antenas solares da estação e substituir um reservatório de azoto do sistema de climatização da ISS. Estas tarefas exigirão três saídas orbitais de cerca de 6,5 horas a realizar por pares de astronautas.

«É uma missão extremamente complicada», afirmou Bill Gerstenmaier, administrador associado da NASA.

Trata-se do terceiro voo de um vaivém este ano, entre cinco previstos, entre os quais a última missão de manutenção e reparação do telescópio Hubble, prevista para 8 de Outubro. Depois destes serão ainda necessários sete voos para terminar a montagem da ISS.

O lançamento do Discovery irá marcar uma etapa chave por ser o décimo depois do acidente do Columbia, em Fevereiro de 2003, e por ficarem a faltar outros dez até ao fim da operacionalidade da frota de vaivéns da NASA, a 01 de Outubro de 2010, sublinhou John Shannon, responsável do programa.

A ISS é um projecto de 100 mil milhões de dólares (64,5 mil milhões de euros) em que participam 17 países. As experiências em microgravidade que nela se realizam são consideradas essenciais para preparar futuros voos tripulados de longa duração até à Lua e Marte.
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