Um satélite russo e um foguete chinês em risco de colisão, que seria catastrófica, segundo os analistas, "evitaram-se".
Este lixo espacial, envolvendo uma massa combinada de mais de 2,5 toneladas, a uma velocidade de 14,66km/s, poderia causar uma chuva de detritos sobre a Antártida nesta sexta-feira, mas tal não aconteceu.
E dada a altitude a que se registaria, os fragmentos resultantes da colisão teriam permanecido por muito tempo no espaço, o que representaria uma ameaça aos satélites operacionais.
A LeoLabs, uma start-up de Sillicon Valley, que oferece serviços de mapeamento orbital de detritos e prevenção de colisão, estimava uma distância de 25 metros entre o satélite Kosmos-2004 e o foguete ChangZheng, mas os dois terão passado um pelo outro com um desvio maior.
No indication of collision. 👍
— LeoLabs, Inc. (@LeoLabs_Space) October 16, 2020
CZ-4C R/B passed over LeoLabs Kiwi Space Radar 10 minutes after TCA. Our data shows only a single object as we'd hoped, with no signs of debris.
We will follow up in the coming days on Medium with a full in-depth risk assessment of this event!
O satélite russo e o foguete chinês ter-se-ão, assim, cruzado a uma distância maior, de cerca de 70 metros, segundo uma especialista de Astronomia da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos. O mesmo entendimento teve a consultora The Aerospace Corporation.
O lixo espacial representa um perigo enorme, sobretudo para as naves, devido ao impacto de uma colisão a grande velocidade.
A maior parte destes objetos obsoletos em circulação no espaço têm origem russa, do tempo da União Soviética.