Sonda vai observar realidade a 77 milhões de quilómetros do Sol - TVI

Sonda vai observar realidade a 77 milhões de quilómetros do Sol

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 15 jun 2020, 11:40
Explorador da Agência Espacial Europeia a 77 milhões de quilómetros do Sol

Explorador do Sol da Agência Espacial Europeia vai executar a primeira passagem próxima da estrela central do Sistema Solar. Instrumentos dentro da sonda já captaram distúrbios resultantes de grandes explosões na estrela

O Explorador do Sol da Agência Espacial Europeia (SolO) vai fazer a primeira passagem próxima do Sol esta segunda-feira, avançando a uma distância de 77 milhões de quilómetros da estrela central do Sistema Solar.

A missão começou em fevereiro quando a sonda foi lançada com o intuito de estudar e perceber o comportamento dinâmico do astro.

A passagem próxima, ou periélio, vai colocar a sonda entre as órbitas de Vénus e Mercúrio.

Porém, esta proximidade vai ser ampliada nos próximos anos. A Agência Espacial quer que o Explorador chegue a estar a 43 milhões de quilómetros do Sol, em 2022.

 

Até hoje, apenas cinco outras missões foram capazes de avançar mais profundamente pelo Sistema Solar: Mariner 10, Helios 1 & 2, Messenger, e a Sonda Solar Parker.

Os cientistas também analisarão dados dos quatro instrumentos in-situ que, dentro da sonda, medem as propriedades do ambiente ao redor da sonda, como o campo magnético e as partículas que compõem o vento solar.

Sugundo o cientista Yannis Zouganelis, da Agência Espacial Europeia, esta é a primeira vez que instrumentos in-situ operam a uma distância tão próxima do Sol, “fornecendo uma visão única da estrutura e composição do vento solar".

 

 

 

A sonda vai depois usar a gravidade de Vénus para mudar gradualmente a sua órbita para fora do plano eclíptico, no qual os planetas do Sistema Solar orbitam. Este tipo de manobras de sobrevôo vão permitir ao Explorador Solar conseguir olhar para o Sol a partir de latitudes mais altas e obter a primeira visão adequada dos seus pólos. 

Os  instrumentos in-situ já estão a captar os distúrbios resultantes de grandes explosões na estrela, resultantes da libertação de massa coronal - além das ondas quotidianas e da turbulência que traçam a estrutura do vento solar.

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