Doentes com elefantíase com duas vezes maior risco de contrair VIH - TVI

Doentes com elefantíase com duas vezes maior risco de contrair VIH

Número de pessoas infetadas com o HIV/Sida que se sentem descriminadas aumentou (Reuters)

Estudo divulgado na revista médica britânica Lancet foi desenvolvido entre 2006 e 2011 em 2.699 habitantes numa cidade da Tanzânia

As pessoas infetadas com o parasita que origina a elefantíase têm duas vezes maior risco de contrair o vírus VIH/sida, segundo um estudo científico divulgado terça-feira.

O parasita “wuchereria bancerofti” é responsável pela filariose linfática, uma doença tropical ´transmitida por insetos, geralmente designada elefantíase, devido ao inchaço e engrossamento da pele e tecidos subjacentes que provoca.

O estudo divulgado na revista médica britânica Lancet foi desenvolvido entre 2006 e 2011 em 2.699 habitantes numa cidade da Tanzânia.

O parasita que provoca a elefantíase está presente na maioria das regiões de África e também na Ásia, na América do Sul e Caraíbas.

As pessoas estudadas foram examinadas anualmente ao longo de cinco anos, sendo-lhes feitas análises de sangue e urina para detetar infeções pelo VIH, pelo parasita em causa na análise e outros eventuais agentes infecciosos.

Foi ainda determinado se a atividade sexual dos participantes traria risco de contrair VIH.

Os investigadores constataram que os portadores do parasita “wuchereria bancerofti” eram duas vezes mais suscetíveis de ter também o vírus da sida. O impacto era mais elevado entre os adolescentes e jovens adultos.

Os cientistas admitem, contúdo, que se trata de uma correlação e não de uma ligação de causa e efeito.

Outras infeções, em particular genitais, como a clamídia ou sífilis, são conhecidas por aumentar a suscetibilidade de contrair VIH/sida.

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