Saiba quais são as nove partes do corpo das quais já não precisa - TVI

Saiba quais são as nove partes do corpo das quais já não precisa

  • CDC
  • 23 jan 2019, 16:27
Corpo humano em exposição (EPA / TIAGO Petinga)

Evolução da espécie humana levou a que algumas partes do nosso corpo perdessem ou mudassem a sua funcionalidade

"O corpo humano é, basicamente, um museu de história". Quem o diz é Dorsa Amir, antropóloga do Boston College, no Estados Unidos, que recentemente publicou no Twitter que há nove partes do corpo humano que já não são necessárias.

Ou seja, a maioria os humanos possuem em si os chamados orgãos vestigiais, embora quase nenhum seja realmente um orgão. Prova de que já não são mesmo necessários é que algumas pessoas já não possuem estas "sobras" corporais.

Estas são apenas algumas das peças da bagagem evolucionárias que os nossos antepassados primatas nos deixaram. O nosso corpo é, basicamente, um museu de história natural”, escreve a antropóloga.

Mas, afinal, quais são os órgãos vestigiais que já não precisamos?

  • Dentes do siso

Eram usados para triturar carnes duras ou cereais crus, mas a suavização da nossa dieta fez com que caíssem em desuso. Os dentes do siso têm má fama - provocam dores e empurram os dentes do lado - e, na maior parte das vezes, obrigam a consultar um dentista, que quase sempre recomenda a extração. Felizmente, já não nascem em todos os seres humanos.

  • Apêndice

Ao que tudo indica, o apêndice era o órgão responsável por ajudar a digerir plantas com excesso de celulose, comuns na dieta do humano ancestral. Atualmente, não está clara qual a sua função, embora vários estudos apontem para que o apêndice seja um armazenador de bactérias benéficas para o sistema digestivo. Segundo Amir, este órgão caiu em desuso desde que o ser humano diversificou a sua dieta.

  • Mamilos masculinos

A função específica dos mamilos é, e sempre foi, a de facilitar a amamentação. Sendo esta uma tarefa reservada às mulheres, os mamilos masculinos são inúteis. Ao que tudo indica, os homens só têm mamilos porque o desenvolvimento embrionário do ser humano é inicialmente igual para os dois sexos, pois a testosterona masculina só começa a atuar posteriormente.

  • Músculo palmar longo

Quem tem este músculo, consegue vê-lo ao juntar o dedo mindinho com o dedo polegar. A protuberância visível no pulso, é na verdade um músculo que vai desde o punho até ao cotovelo. Os nossos antepassados usavam este músculo para garantir a força necessária para trepar às árvores. Atualmente já não tem grande utilidade, pelo que se estima de cerca de 10% dos seres humanos já o tenham perdido.

  • Músculos que arrepiam os pelos

Os nossos antepassados tinham o corpo praticamente coberto por pelo. Estes músculos estão ligados aos folículos capilares e tinham como função arrepiar o pelo, para fazer os humanos parecerem maiores em situações de ameaça. Hoje em dia já não são precisos, mas ainda são usados por alguns mamíferos domésticos, como os gatos.

  • Músculo das orelhas

Existem três músculos sob o couro cabeludo que servem para mexer a parte visível da orelha. Supostamente, os movimentos da orelha serviam para detetar sons e identificar predadores ou presas, mas agora, são poucos os que têm habilidade para controlar esses movimentos.

  • Cóccix

Segundo Amir, o cóccix é a lembrança da cauda que já tivemos. A cauda era muito útil aos antepassados dos humanos, por razões de equilíbrio e movimento nas árvores a que trepavam. Atualmente, não tem qualquer utilidade, ainda que os embriões humanos comecem por desenvolver caudas, que eventualmente desaparecem semanas depois.

  • Terceira pálpebra

A terceira pálpebra é a membrana que existe ao canto do olho. O seu objetivo é, basicamente, manter os olhos húmidos e limpos. No caso humano, só sobrou uma destas membranas e não temos qualquer controlo sobre ela, pelo que poderá desaparecer.

  • Reflexo de fechar a mão

O reflexo de fechar a mão sobre um dedo ou um objeto, como acontece com os bebés, era muito útil para os filhos dos macacos. Estes animais já nasciam preparados para serem transportados às costas de um adulto o que leva a antropóloga a acreditar que também se trata de um vestígio do passado, que caiu em desuso com a evolução da espécie.

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