Uma operação coordenada a nível internacional resultou no encerramento de mais 20 mil sites envolvidos na comercialização de produtos contrafeitos, anunciou o Serviço Europeu de Polícia, a Europol. Estão em causa, por exemplo, bens de luxo e roupa desportiva.
A operação está integrada numa iniciativa global, designada como In Our Sites (IOS), que começou em 2014 e conta com a colaboração da unidade especializada da Europol para crimes contra a propriedade intelectual, o centro de coordenação norte-americano para os direitos de propriedade intelectual e as forças de segurança de 27 Estados-membros da União Europeia. A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) é outras das entidades envolvidas.
O que vendiam estes sites
Na sequência das diligências realizadas este ano, a operação encerrou um total de 20.520 páginas na Internet que vendiam:
- bens de luxo contrafeitos
- roupa desportiva falsificada
- fármacos
- pirataria online
As vendas eram feitas através de plataformas de comércio eletrónico e redes sociais.
Cerca de 7.776 sites foram encerrados em edições anteriores.
A Europol explicou que a operação contou igualmente com o apoio de associações de combate à contrafação e representantes de marcas, o que possibilitou “facilitar a cooperação internacional e apoiar os países envolvidos na iniciativa".
Para a Europol, um dos aspetos que contribui para o êxito da operação foi a abordagem integral do dossiê, “envolvendo mais países e parceiros do setor privado".
Aspeto destacado pelo diretor-executivo da Europol, Rob Wainwright, que enfatizou a importância de uma cooperação efetiva entre as autoridades públicas e o setor privado.
É vital se quisermos tornar a Internet um lugar mais seguro para os consumidores".
Segundo dados da Europol, os produtos falsificados representam aproximadamente cerca de 5% do total das importações da UE, duas vezes mais do que os números registados a nível global.
Os resultados desta operação são divulgados no dia em que muitas marcas aderem à Cyber Monday, um termo de marketing que é utilizado para assinalar a segunda-feira após o feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos e da Black Friday, que pretende convencer as pessoas a fazerem compras online.