Os cientistas acreditam que as pegadas foram deixadas há 142 milhões de anos, por dois animais, e podem dar algumas luzes sobre o dia a dia dos dinossauros. A consistência das marcas sugere que estavam a andar a um ritmo lento, quase como se passeassem pela praia.
Os biólogos afirmaram também não ser possível ainda atribuir as pegadas a uma espécie, até porque têm tamanhos diferentes. A maior tem 34 centímetros, o que corresponde a um animal com cerca de 1 metro e meio, até à cintura, e a mais pequena tem 24 centímetros, não devendo ultrapassar um metro de altura.
A forma das marcas e a estimativa das medidas colocam-nos no grupo dos dinossauros carnívoros, provavelmente na família dos Megalosauripus. As pegadas sugerem também que os animais andavam sobre duas pernas, o que pode indicar que pertençam à espécie Velociraptor.
Segundo os cientistas, a criatura mais pequena deveria estar a acompanhar a maior, sugerindo que tinham algum tipo de laço social, provavelmente de progenitora e cria.
Estudos recentes tinham provado que os dinossauros eram seres sociais e as novas pistas encontradas podem corroborar a teoria. As investigações anteriores concluíram que os pais muitas vezes passavam os dias a cuidar dos filhos.
Contudo, os investigadores garantem que não é possível ter certezas, apenas suposições, pois as pegadas podem ter sido feitas em alturas distintas.
“Podem estar separados por muitos anos, o que pode refletir apenas dois animais a cruzarem as suas trajetórias aleatoriamente”, afirmou a bióloga Pernille Troelsen.