O material recolhido pela sonda mostra que a superfície de Nix tem a forma de um feijão e apresenta uma mancha vermelha. Os cientistas acreditam que esta tonalidade avermelhada esteja relacionada com a existência de uma cratera, produzida pelo impacto de um corpo celeste.
“Já foram tirados mais dados sobre a composição de Nix, mas ainda não chegaram à Terra. Eles vão dizer-nos porque é que esta região é mais avermelhada do que espaço em redor”, afirmou uma das cientistas responsáveis pela missão espacial, Carly Howett
Mais, através das imagens os investigadores conseguiram simular a rotação de Nix e estimar o seu tamanho. Pensa-se que a lua tenha 42 quilómetros de altura e 36 de diâmetro, aproximando-se do tamanho de Hydra, ligeiramente maior, com 55 por 40 quilómetros.
Já em relação a Hydra, as imagens sugerem que o satélite está coberto de crateras e que os polos são compostos por materiais diferentes.
“Há uma semana, Hydra era apenas um ponto de luz ténue, por isso é surreal vê-lo tornar-se um sítio verdadeiro, à medida que vemos a forma e vemos pormenores da sua superfície pela primeira vez”, declarou o cientista Ted Stryk.
Os cientistas concluíram também que Kerberos e Styx são as luas mais pequenas a orbitar em torno de Plutão, mas aguardam dados mais detalhados, que deverão chegar até outubro.
Mas as novidades sobre Plutão trazidas pela sonda New Horizons não ficam por aqui.
A sonda captou imagens da superfície do planeta que sugerem a existência de uma cordilheira na região de Tombaugh, perto do planalto Sputnik, conhecido como o "coração de Plutão".
Tratam-se de elevações geladas com uma altitude entre 1 e 1,5 quilómetros e que podem ser comparadas, por isso, às montanhas Apalaches, localizadas no leste dos Estados Unidos.
Sonda New Horizons capta cordilheira no coração de Plutão [Foto: NASA]