Nesta aldeia medieval queimavam-se corpos para evitar mortos-vivos - TVI

Nesta aldeia medieval queimavam-se corpos para evitar mortos-vivos

  • Élvio Carvalho
  • 3 abr 2017, 11:40
Cemitério [Reuters]

Investigação encontrou marcas de danos feitos postmortem em 137 ossos, de cerca de 10 pessoas, descobertos em Wharram Percy, North Yorkshire, falecidas entre o século XI e XIV

Restos mortais de residentes de uma aldeia medieval em Inglaterra revelaram que era comum queimar ou partir ossos dos mortos, para impedir que ressuscitassem e atacassem os vivos.

Uma investigação da Universidade de Southampton, em colaboração com a organização Historic England, encontrou marcas de danos postmortem em 137 ossos, descobertos em Wharram Percy, North Yorkshire, de cerca de 10 pessoas falecidas entre o século XI e XIV.

Alguns corpos foram desmembrados, outros decapitados, sempre após a morte, sinais de práticas antigas para impedir “o regresso dos mortos, que podiam espalhar doenças ou atacar os vivos”.

Segundo a BBC, os investigadores colocaram de parte a ideia de que os cadáveres poderiam ter sido mutilados para servirem de alimento em alturas de fome, principalmente porque não apresentavam marcas nas zonas dos grandes músculos e articulações.

Os cientistas também descartaram que se tratassem de invasores ou pessoas estranhas à aldeia. Análises aos dentes dos mortos revelaram que todos viviam naquela zona desde pequenos.

Se estivermos corretos, esta é a primeira prova arqueológica que temos destas práticas. Revela um lado negro das crenças medievais e serve de exemplo gráfico do quão diferente era a visão do mundo da altura, relação à atual”, afirmou Simon Mays, do Historic England, segundo a BBC.

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