Detetada a maior colisão entre estrelas do universo - TVI

Detetada a maior colisão entre estrelas do universo

  • RL
  • 8 jan 2020, 12:36
Colisão entre estrelas

Fenómeno aconteceu a uma distância de 500 milhões de anos luz da Terra, ou seja, há 500 milhões de anos

Um dos instrumentos científicos mais precisos do mundo, o LIGO, detetou um dos fenómenos mais violentos do universo: a colisão de duas estrelas de neutrões.

Esta colisão foi detetada através da onda gravitacional de uma ínfima deformação entre o espaço e o tempo, no dia 25 de abril, e confirmada esta quinta-feira pelos investigadores, após meses de análise.

O fenómeno aconteceu a uma distância de cerca de 500 milhões de anos luz da Terra, ou seja, há 500 milhões de anos, quando os primeiros animais começaram a mover-se pelo nosso planeta.

Quando as estrelas maiores que o Sol esgotam todo o seu combustível, explodem em potentes supernovas. A Investigação LIGO capta as ondas gravitacionais produzidas pela fusão dos astros de extrema densidade.

“O mais surpreendente desta fusão é que se tratam de estrelas tão massivas e que, de facto, é a maior que observámos até agora”, explicou Alicia Sintes, investigadora principal do grupo LIGO, ao EL País.

Este tipo de fenómenos produz ondas gravitacionais que se expandem à velocidade da luz em todas as direções, como as ondas de um depósito de água ao tirar uma pedra. A intensidade destas ondas ao chegarem à Terra é mínima, mas o suficiente para se conseguir perceber o fenómeno que as produziu.

O vídeo publicado pelo Instituto Albert Einstein mostra uma simulação que representa a coalescência e fusão binária de estrelas de neutrões. As duas estrelas representadas têm propriedades consistentes com a descoberta feita pelos investigadores do LIGO.

De acordo com os sinais captados pela LIGO, a massa destas estrelas é aproximadamente de 1,5 e 1,7 vezes a massa e densidade do Sol, que formavam um sistema solar binário.

Após a fusão, o mais provável é que se tenha formado um buraco negro com mais de três massas solares”, avança a investigadora.

Foi em 2017 que, pela primeira vez na história, se puderam captar a luz e ondas gravitacionais provocadas por uma fusão de duas estrelas de neutrões ligeiramente mais pequenas que as detetadas agora.

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