Babuínos fazem sons semelhantes às vogais - TVI

Babuínos fazem sons semelhantes às vogais

Um babuíno masculino (Papio Hamadryas) é visto perto de Tel Aviv, em Israel (REUTERS / Baz Ratner)

Conclusão é de um estudo. Cientistas não consideravam isso possível até agora. Descoberta prova que "a fala humana tem uma longa história evolutiva” e surgiu muito antes do homem moderno

Os babuínos fazem sons semelhantes às cinco vogais, revelaram investigadores, sugerindo que alguns macacos tiveram a capacidade física para a linguagem por milhões de anos.

A investigação vem hoje publicada na revista científica PLOS ONE (online) e acrescenta uma nova dimensão ao debate sobre como começou e evoluiu a linguagem, mostrando que os babuínos possuem uma língua e uma laringe que lhes permite fazer uma série de sons de vogais.

“É a primeira vez que mostramos isso num primata não humano”, disse Joel Fagot, coautor da investigação e investigador do Centro Nacional de Pesquisa Científica de França.

E acrescentou, citado pela agência de notícias francesa AFP: “Isto sugere que a fala humana tem uma longa história evolutiva” e surgiu muito antes do homem moderno.

Muitos cientistas acreditam que é relativamente recente a origem da linguagem, entre 70 a 100 mil anos, afirma-se num documento do Centro de Pesquisa. No entanto, o estudo admite que as habilidades de articulação para a fala podem remontar a 25 milhões de anos, até ao último antepassado comum partilhado entre humanos e macacos, conhecido como Cercopithecoidae.

Alguns cientistas argumentaram que os primatas não humanos (como também o homem de Neandertal e como crianças com menos de um ano) eram incapazes de fazer sons diferenciados necessários para a linguagem por terem a laringe situada muito alta.

Para testar a teoria dos babuínos, os pesquisadores analisaram mais de 1.300 vocalizações feitas por 15 babuínos originários da Guiné-Conacri, machos e fémeas, do centro de primatas de Rousset-sur-Arc, em França.

O estudo admite que é intrigante a capacidade dos babuínos, mas que a mesma não implica necessariamente que eles conseguem falar.

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