Descoberta nos EUA alimenta esperança no tratamento da sida - TVI

Descoberta nos EUA alimenta esperança no tratamento da sida

Investigadores norte-americanos conseguiram descrever pela primeira vez a estrutura química do capsídio do vírus VIH o que permitirá explorar novas terapias

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Investigadores norte-americanos conseguiram descrever pela primeira vez a estrutura química do capsídio do vírus VIH o que permitirá explorar novas terapias para o tratamento da sida, informou esta quarta-feira a revista Nature.

O estudo, feito por especialistas da Universidade de Pittsburgh (EUA), informou que durante muito tempo os cientistas tiveram dificuldade em decifrar o capsídio do VIH, a estrutura da proteína que contém o material genético do vírus e que é fundamental para a sua virulência, pelo que estes avanços ajudarão a desenvolver novos medicamentos.

«O capsídio é muito importante e conhecer a sua estrutura em detalhe pode-nos levar a (criar) novos medicamentos que ajudam a tratar e prevenir a infeção», disse Paijun Zhang, professora associada do Departamento de Biologia Estrutural, da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh.

«A nossa abordagem tem a possibilidade de ser uma alternativa poderosa nas nossas terapias de VIH, que trabalham atacando certas enzimas, mas a resistência às drogas é um grande desafio, devido ao alto nível de mutação do vírus», acrescentou.

Ao descrever o capsídio, os cientistas mostraram que não é uniforme e assimétrico, de modo que é difícil conhecer o número exato das proteínas que contém.

Para decifrar o capsídio, os investigadores usaram um microscópio com uma resolução alta e em seguida analisaram os dados em computadores potentes.

De acordo com Zhang, o capsídio é muito sensível à mutação, de forma que tentar alterar a sua operação vai ajudar a desenvolver novos tratamentos contra esta doença que afeta milhões de pessoas.

«O capsídio deve permanecer intacto para proteger o genoma do VIH ao entrar na célula humana, mas, uma vez lá dentro, tem que desafazer-se para libertar o seu conteúdo para que o vírus possa reproduzir-se», concluiu.
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