A Fundação Bill & Melinda Gates lançou uma competição chamada «reinventar a sanita» que tem como objetivo levar o saneamento das casas de banho aos países subdesenvolvidos.
A primeira fase desse concurso, que foi aberto a universidades, atribuiu o primeiro prémio, no valor de 100 mil dólares, ao California Institute of Technology, com uma sanita acionada a energia solar, que gera hidrogénio e eletricidade.
Entre as sanitas que estão em exposição na sede da fundação, em Seattle, que Bill Gates visitou esta terça-feira, podem ver-se exemplares que transformam fezes em eletricidade, que reutilizam a urina como autoclismo e que transformam os dejetos em carvão biológico.
A fundação dá agora mais dinheiro aos cientistas, esperando que os melhores protótipos possam estar prontos daqui a três anos. As sanitas a concurso não podem utilizar água e eletricidade, não podem descarregar poluentes e têm de custar apenas cinco cêntimos por dia.
«As soluções inovadoras transformam as vidas das pessoas para melhor. Se aplicarmos o pensamento criativo aos desafios diários, tal como lidar com o desperdício humano, podemos resolver alguns dos problemas mais difíceis do mundo», defendeu Bill Gates, citado pela CNN.
«Muitas destas inovações não só vão revolucionar a lógica sanitária no mundo em desenvolvimento, mas também ajudar a transformar a nossa dependência das tradicionais sanitas com autoclismo nas nações ricas», observa o fundador da Microsoft.
Segundo estimativas das Nações Unidas, as doenças causadas por mau saneamento provocam metade das hospitalizações nos países subdesenvolvidos e 1,5 milhões de crianças morrem todos os anos devido a este problema.
Sanitas do futuro transformam fezes em eletricidade
- Redação
- CP
- 15 ago 2012, 10:13
Competição lançada pela Fundação Bill & Melinda Gates
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