Robot dançarino procura par

Um aluno da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, criador de um robot dançarino, pretende agora arranjar-lhe um parceiro que se ajuste a várias coreografias, no âmbito de uma tese de doutoramento financiada pela Fundação Ciência e Tecnologia (FCT), revela a Lusa.

João Lobato Oliveira, estudante de Engenharia Electrotécnica, 23 anos, disse esta quarta-feira à Lusa que, neste projecto, pretende conseguir que os robots comuniquem entre si e «dancem um com o outro».

No futuro, um dos objectivos do aluno pode passar por levar estes robots às prateleiras das lojas de brinquedos. «Não se trata de uma realidade tão distante quanto isso. A única distância está na robustez do robot e na optimização do software, que não pode ter falhas», disse Lobato Oliveira.

«O objectivo pode ser comercializar o robot como um brinquedo, se houver interessados. Não vou estar a trabalhar na tese de mestrado para depois o projecto morrer na praia», sublinhou o jovem investigador.

Este projecto surge depois do estudante ter conseguido, a partir de um kit da Lego, criar um robot que identifica e dança diferentes tipos de música de forma autónoma. O robot foi programado para ter 14 movimentos distintos, que o utilizador, frisou João Lobato Oliveira, pode ajustar ao ritmo de música e à cor da pista de dança.

O funcionamento do sistema é simples e consegue «explicar-se a uma criança», acrescenta Lobato Oliveira para quem o entretenimento é a principal aplicação prática deste projecto.

O sistema, desenvolvido no âmbito de uma tese de mestrado e iniciado há um ano, é já considerado um exemplo de sucesso na aplicação de noções avançadas de inteligência artificial.