Altice leva fibra ótica à estação radioastronómica na Pampilhosa da Serra - TVI

Altice leva fibra ótica à estação radioastronómica na Pampilhosa da Serra

  • ALM com Lusa
  • 17 ago 2018, 12:02
Altice

Iniciativa permitirá que os cientistas “possam operar a antena portuguesa que contribuirá para o projeto”, localizada em território da União de Freguesias de Fajão e Vidual

 A estação radioastronómica do Instituto de Telecomunicações (IT), na Pampilhosa da Serra, vai ser beneficiada pela Altice Portugal com a instalação de fibra ótica, anunciou hoje a empresa.

A Altice realiza este investimento no concelho da Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, enquanto parceira do Engage Square Kilometer Array (SKA), um projeto que visa dotar as indústrias e universidades nacionais com uma infraestrutura de suporte às suas atividades de inovação.

A iniciativa de levar a fibra ótica até à estação radioastronómica de Porto da Balsa permitirá que os cientistas “possam operar a antena portuguesa que contribuirá para o projeto”, localizada em território da União de Freguesias de Fajão e Vidual.

Esta antena foi recuperada de uma instalação da Altice Portugal nos Açores e colocada na Pampilhosa da Serra, com apoio da Câmara Municipal, sendo que é o ativo, a par do Data Center da Covilhã, que coloca Portugal no mapa do projeto internacional SKA, o primeiro radiotelescópio transcontinental alguma vez criado”, refere a empresa em comunicado.

Citado na nota, o investigador do IT Domingos Barbosa, responsável nacional do SKA, realça que a Altice “tem sido um parceiro chave neste caminho para que Portugal seja considerado no mapa do projeto”.

Depois de a antena ter sido recuperada, “permitindo que possa vir a ser uma plataforma de teste das 2.000 antenas do maior radiotelescópio do mundo”, a instalação de fibra ótica “assume-se como vital para a operação da mesma”, acrescenta.

A nível internacional, “o SKA vai somar na primeira fase 200 antenas parabólicas e quase 130 mil antenas dipolo, expandindo futuramente para mais de 2.000 antenas parabólicas e quase um milhão de dipolos, sendo que Portugal tem assumido um papel significativo e está a trabalhar para se tornar membro do SKA, colaborando ao nível da ciência, inovação e indústria”, lê-se na nota.

“Os cientistas portugueses estão envolvidos na investigação de cosmologia, evolução das galáxias, física solar e origem do sistema solar”, afirma.

Para Luís Alveirinho, da Altice Portugal, “é um grande orgulho” a empresa “poder contribuir de forma clara, através da extensão de fibra ótica até à estação radioastronómica, para a viabilização das observações a partir de Portugal”.

Trata-se de um projeto “da maior relevância e faz toda a diferença para o país”, de acordo com o presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca.

O facto de as localidades e lugares do concelho já estarem todas ligadas com fibra ótica permite que a extensão até à estação radioastronómica seja possível e seja feita de forma célere”, salienta.

Segundo a nota, “as ligações via wi-fi colocam em risco as operações do radiotelescópio da Pampilhosa da Serra”, sendo necessária a ligação com fibra ótica na estação de Porto da Balsa.

As aldeias do concelho já estão “todas ligadas com esta tecnologia de última geração”.

A participação portuguesa no desenvolvimento do SKA é assumida por um consórcio que reúne o polo de Aveiro do Instituto de Telecomunicações, o Instituto Politécnico de Beja e as universidades de Aveiro, Porto e Évora, com apoio do ‘cluster’ TICE.PT.

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