“Hoje, 21 de outubro de 2015, e nos próximos dias, WikiLeaks vai divulgar os documentos da conta pessoal de e-mail de um dos chefes da CIA, John Brennan”, informou a organização no site.
O aviso foi dado também na conta do Twitter, que já foi verificada como autêntica e que se pensa ser gerida pelo próprio fundador, Julian Assange.
ANNOUNCE: We have obtained the contents of CIA Chief John Brennan's email account and will be releasing it shortly.
— WikiLeaks (@wikileaks) 21 outubro 2015
Algumas horas depois começaram a surgir os primeiros ficheiros online. De acordo com o The Washington Post , os documentos incluem formulários de segurança para integrar o governo de Obama, ficheiros que mostram a sua posição em relação às reformas na agência e a sua opinião sobre o Irão.
Os ficheiros revelam que John Brennan considera que este país é um patrocinador do terrorismo, mas que lamenta “o rótulo gratuito do Irão como o ‘eixo do mal’, pelo governo de Bush”.
A CIA já admitiu ter conhecimento da fuga de informação e, segundo a AFP , o FBI e os Serviços Secretos já estão a investigar o caso.
“O ataque informático à conta da família Brennan é um crime e a família é a vítima. A conta foi saqueada com intenções maliciosas e estão agora a ser distribuídos documentos pela rede. Este ataque poderia ter acontecido a qualquer pessoa e deve ser condenado, não promovido."
Para além da experiência profissional do líder da CIA, os documentos mostram ainda números de segurança social de familiares e nomes e contactos de colegas de trabalho.
O WikiLeaks já avisou que tem mais ficheiros para divulgar, retirados do e-mail de John Brennan. A organização prometeu divulgar nas próximas horas documentos sobre o Afeganistão e o Paquistão.
Tomorrow we continue our @CIA chief John Brennan email series, including on US strategy in Afghanistan and Pakistan. #AfPak #CIA
— WikiLeaks (@wikileaks) 21 outubro 2015
O anúncio do WikiLeaks surge dias depois de ter sido noticiado que um estudante norte-americano tinha conseguido aceder aos e-mails pessoais do diretor da CIA e do secretário do Departamento de Segurança Nacional.