Facebook bloqueou transgéneros, mas já pediu desculpa - TVI

Facebook bloqueou transgéneros, mas já pediu desculpa

FaraDiva, uma drag queen portuguesa  (REUTERS/Rafael Marchante )

Rede social veio reconhecer que foi longe demais

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O Facebook veio pedir, publicamente, desculpas aos transgéneros, dragd queens e comunidade LGBT por ter apagado alguns perfis da rede social.

A decisão de eliminar esses perfis teve por base a não utilização de nomes reais, que poderiam traduzir-se em abusos. A empresa liderada por Mark Zuckerberg reconhece que foi longe demais: «Quero pedir desculpa à comunidade afetada de drag queens, drag kings, transgéneros e a vasta comunidade dos vossos amigos, vizinhos e membros da comunidade LGBT para as dificuldades que nós colocamos, pela maneira como lidámos com as vossas contas de Facebook nas últimas semanas», afirmou o chefe de produto, Chris Cox, em nome da rede social, citado pela BBC.

O quê se passou foi que centenas de contas foram denunciadas por alegadamente violarem a política da empresa. Agora, o Facebook reconhece que essa decisão foi «dolorosa» para os envolvidos.

Tal foi o desagrado da comunidade LGBT e dos transgéneros que estava marcada uma manifestação para esta quinta-feira, em São Francisco. Mas o pedido de desculpa foi aceite e bem recebido, pelo que a concentração vai virar, na prática, uma celebração.

«Ficou muito claro que o Facebook se desculpou e quer encontrar soluções para todos nós podemos ser nós próprios, autênticos, online», disse o porta-voz do Transgender Law Center, desta feita à AFP.
Este porta-voz indicou que não são apenas os drag queens que têm razões legítimas para utilizar nomes falsos na rede social. O mesmo acontece com juízes, assistentes sociais, professores, artistas ou vítimas de abuso, que sentem a necessidade de criar pseudónimos.

O Facebook explica que «o espírito» da sua política é que toda a gente use, na rede, «um nome autêntico como aquele que usam na vida real». Com este episódio, em que um único utilizador denunciou centenas de contas, a empresa reconhece que «há muito espaço para melhor os mecanismos de informação e de execução, e as ferramentas para compreender de quem é real e quem não é», assumiu Cox.  E fez questão de frisar que a política de exigir nomes verdadeiros é, ainda, e no geral, uma boa ideia.

Recentemente, houve outro episódio de bloqueio de conta por parte do Facebook que se tornou mediático: o havaiano Chase Nahooikaikakeolamauloaokalani Silva teve de provar que se chamava assim para reativar o seu perfil.

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