Qualquer um pode conseguir uma memória de elefante - TVI

Qualquer um pode conseguir uma memória de elefante

  • MC
  • 7 mar 2017, 18:03
cérebro

Dois especialistas lançaram um livro para nos ajudar a memorizar. Há "quatro mandamentos”, simples, que são a base para não nos esquecermos do que realmente é importante

Numa altura em que a tecnologia se apodera da mente humana, memorizar ou interiorizar a informação é facilitada pelos próprios meios tecnológicos que acabam por fazer esse trabalho. Mas desenvolver a memória humana é um exercício que tem tanto de saudável como de útil.

Michelangelo Vergara e José Maria Bea são dois espanhóis, campeões de memória. O primeiro foi o melhor do mundo em "memória rápida" -  com provas que consistem em memorizar rapidamente fórmulas décimais e figuras com cores mostradas a grande velocidade - e Bea foi o segundo melhor em Espanha, em provas de "memória de fundo", em que é necessário recordar números, rostos, nomes, cartas...

Juntaram as suas qualidades e tornaram-se autores do livro “Consigne una memoria de elefante” ("Consiga uma memória de elefante").

Qualquer um pode desenvolver uma memória de elefante. Precisei de muito esforço e consegui-o através do treino", revela Vergara, polícia de profissão, em declarações ao jornal El País.

Bea, que é professor, concorda que a mnemotécnica passa pelo treino. Foi assim que conseguiu superar dificuldades nos primeiros anos de faculdade e é assim que consegue decorar os nomes de todos os seus alunos, logo na primeira aula.

Os "quatro mandamentos"

Com o livro, os dois campeões pretendem ensinar truques básicos, assentes em “quatro mandamentos”, que funcionam como pilares para manter ativa a capacidade de memória do ser humano.

1 - O primeiro mandamento consiste em transformar situações aborrecidas e monótonas em cenas extravagantes ou que chamem à atenção;

2 – O segundo refere a importância de perceber algo que não é possível de visualizar. Como por exemplo, a palavra felicidade: não se vê, mas podemos substituí-la por uma garnde festa;

3 – O terceiro mandamento remete para o movimento. Porque a criação de imagens vivas e pujantes reaviva a memória;

4 – O último e quarto mandamento aconselha ao exagero, porque tudo o que é transmitido em maior escala terá mais impacto na memorização.

Exemplo prático

Em grande medida, os alicerces são usados pelo professor José Maria Bea para apreender os nomes do seus alunos desde a primeira hora.

Segundo contou ao El País, começa por compreender bem e repetir o nome de cada aluno para si. Quando acaba a conversa com

dentro. Quando terminar a conversa, ficam imagens mentais sendo necessário associar o rosto e o nome da pessoa. Se não houver nenhuma associação óbvia, há que criá-la. E quanto mais absurda, melhor:

  • Convém exagerar os traços distintivos do rosto da pessoa, como se fosse um desenho animado;
  • Com nomes que não podem ser visualizados, alterar o nome. Por exemplo, com Rafael, "Rafa", associar a "garrafa";
  • Se o rosto nos lembra alguém famoso ou conhecido, isso será uma grande ajuda. Igualmente valioso é fixar um acessório - óculos, brincos - que a pessoa por regra usará sempre.
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