A imagem, que é composta por uma série de fotografias tiradas pela aeronave, em outubro, foram compiladas para criar a imagem final da Terra que só foi divulgada pela agência espacial norte-americana em dezembro. A missão da sonda, que tem orbitado em torno da Lua desde 2009, foca-se apenas em descobrir mais detalhes sobre o satélite natural do planeta Terra, contudo, desta vez, a câmara da LRO não estava apontada para a Lua, mas para o seu redor, para poder recolher dados sobre a sua atmosfera.
Ao virar a câmara pôde fotografar o nosso planeta, a 134 quilómetros da superfície do satélite.
Um ângulo que permitiu ver o “nascer” da Terra no horizonte da Lua. Uma imagem bonita, mas que não passa de uma ilusão de ótica que nunca seria vista desta forma por um astronauta se estivesse, de facto, a pisar a superfície da Lua.
“Os astronautas lunares experienciam algo diferente: vista da superfície da Lua, a Terra nunca nasce ou põe-se. Uma vez que a Lua está ligada ao planeta, a Terra está sempre no mesmo sítio sobre o horizonte, variando apenas minimamente devido às pequenas oscilações da Lua”, afirmou o cientista Mark Robinson, citado pelo Huffington Post.
Este “nascer” da Terra pode ser captado pela LRO até 12 vezes por dia. No entanto, a sonda tem estado ocupada a recolher outros elementos lunares desde que começou a sua missão, há seis anos.
A fotografia mostra uma parte do continente americano e, em grande plano, o africano, fazendo recordar a famosa imagem captada pelo famoso astronauta Harrison Schmitt, durante a missão Apollo 17, há 43 anos.