Pirataria na Internet ajuda a financiar terrorismo - TVI

Pirataria na Internet ajuda a financiar terrorismo

  • tvi24
  • Manuela Micael
  • 21 abr 2009, 12:01

Movimento Cívico contra Pirataria na Internet, alerta que, em Portugal, há «ligações perigosíssimas» entre a pirataria e o crime organizado

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A pirataria na Internet ajuda a financiar grupos terroristas e está ligado com o crime organizado. O alerta parte do MAPiNET (Movimento Cívico contra a Pirataria na Internet), recentemente criado.

«Isto não é inocente. E menos inocente é quando toda a gente sabe, e há provas disso, que o crime organizado está ligado à pirataria», diz Paulo Santos, responsável do MAPiNET, em declarações ao tvi24.pte ao IOL.

A situação é delicada lá fora, onde se fala das ligações da pirataria na Internet aos atentados de Atocha e de Londres, mas não o é menos por cá. «Em Portugal, o MAPiNET e as entidades que estão no MAPiNET têm indicações claras de que há ligações perigosíssimas. E as autoridades sabem, porque participámos às autoridades», acrescenta Paulo Santos.

Clubes de vídeo fecham

As possíveis ligações da pirataria na Internet a grupos terroristas e ao crime organizado são apenas alguns dos problemas associados a este tipo de criminalidade. Os downloads ilegais e respectivas reproduções estão a afectar a economia cultural. «Já fecharam mais de 80% dos videoclubes em Portugal», exemplifica Paulo Santos, que sublinha que estas cópias «normalmente incidem sobre filmes que ainda não estrearam sequer no cinema».

Mas a questão afecta a indústria cinematográfica, assim como o faz à industria musical ou literária. A Sociedade Portuguesa de Autores tem vindo a alertar para as dificuldades económicas por que passam muitos artistas em Portugal. «Estamos a falar de violação da propriedade intelectual, que não deixa de ser um direito de propriedade, ainda que incorpóreo», sublinha Paulo Santos.

«Não pretendemos criar criminosos

Para combater a pirataria na Internet, o MAPiNET defende uma conjugação da «auto-regulação, com mediação estatal». «Pretende-se um aviso, um segundo aviso e, depois, eventualmente, cortar aquele acesso», defende o responsável do movimento.

«Desejamos que, em Portugal, a Internet deixe de ser a Aldeia de Asterix, que os romanos possam lá entrar e que se combata também o crime na Internet», revela Paulo Santos.

«Tudo o que é ilegal, na Internet, não deixa de ser ilegal por ser na Internet», remata.
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