Zuckerberg assume erro e lança iniciativa a académicos para investigação - TVI

Zuckerberg assume erro e lança iniciativa a académicos para investigação

Facebook [Reuters]

Facebook quer estudar o impacto que a rede social pode ter na política

O Facebook vai estudar o impacto que a rede social pode ter na política, nomeadamente em eleições, como aconteceu com o escândalo da Cambridge Analytica nas eleições americanas.

Num post na sua página, Mark Zuckerberg anunciou que vai lançar uma iniciativa a pedir a colaboração de académicos de todo o mundo e a apoiar, durante um ano, essa investigação independente, que não terá qualquer poder para aprovar ou rever as conclusões dos trabalhos. Na mesma publicação, o CEO do Facebook assumiu o erro:

“Queremos ter acesso a ideias e sugestões de académicos de topo sobre como resolver estes casos. É óbvio que fomos lentos a identificar fenómenos de interferência eleitoral que ocorreram em 2016, e que temos de fazer um melhor trabalho no futuro”, escreveu.

O CEO referiu que quer "prevenir a interferência, a circulação de informação falsa e má qualidade durante as eleições" e explicou que o apoio financeiro advém de sete organizações, não sendo o Facebook nenhuma delas para assegurar transparência no processo.

O Facebook já suspendeu a ligação a duas empresas de consultoria de dados (a britânica Cambridge Analytica e a nova-iorquina CubeYou) por violarem condutas de privacidade, uma delas que terá tido influência nas eleições norte-americanas. Agora trabalhará com outras empresas na gestão de dados e as pessoas que trabalharão na investigação serão de vários países, género e etnia. 

Uma das empresas é a Omidyar Network, que já emitiu um comunicado a apoiar a causa: "É urgente encontrar soluções baseadas numa análise rigorosa, algo que é impossível de fazer sem acesso a dados. Temos esperança que isto seja o começo de esforços por várias plataformas para partilhar os seus dados de forma responsável e para ajudar a encontrar situações para os problemas que enfrentam.”

Zuckerberg espera que na altura das futuras eleições no Brasil, Índia e México já haja resultados.

 

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