Há 40 anos, o grande desafio dos meteorologistas era conseguirem previsões fiáveis para três dias. A partir daqui tudo era uma incerteza. Hoje em dia, como sublinha Miguel Miranda, já se conseguem previsões rigorosas para dez dias e o objetivo, já no curto prazo, é estender essa previsibilidade para os 12 dias.
Estes não são os únicos desafios que se colocam ao IPMA e a este cientista do clima. A climatologia terá de traçar cenários credíveis e quantitativos de parâmetros, como a subida do nível do mar nas zonas costeiras, da variação da temperatura e da precipitação média.
No mar – uma das áreas chave na atuação do IPMA – é necessário criar uma pesca controlada e sustentável, combinando a defesa da qualidade das pescarias com a defesa da qualidade de vida dos pescadores.
Mas isso não será suficiente para enfrentar a crise alimentar que se advinha, em consequência do brutal aumento populacional do planeta. Para Miguel Miranda, a ciência terá de encontrar novos princípios ativos provenientes do mar, bem como novos produtos alimentares que sejam capazes de desenhar o que vai ser a alimentação do futuro.
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