O excesso de emissões de dióxido de nitrogénio – um produto cancerígeno – de motores diesel, acima dos valores limite estabelecidos, é responsável por cerca de cinco mil mortes prematuras por ano nos países da União Europeia, Noruega e Suíça.
Esta é a conclusão a que chegaram os autores de um novo estudo realizado pelo Instituto Meteorológico Norueguês em cooperação com o Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (IIASA, pela sigla em inglês) da Áustria e a Universidade da Tecnologia Chalmers da Suíça.
Num comunicado publicado esta segunda-feira pelo IIASA é referido o escândalo da manipulação de dados sobre emissões de motores diesel que, após inicialmente ser revelado como um problema da Volkswagen, veio a descobrir-se que afeta vários fabricantes de automóveis.
Há atualmente mais de 100 milhões de veículos a diesel na Europa, 50% do total, o dobro do resto do mundo. Este valor tem especial importãncia já que as emissões são "quatro a sete vezes mais altas" do que o estimado em testes oficiais.
Os investigadores alertam que 425 mil mortes prematuras anuais estão ligadas aos níveis elevados de contaminação atmosférica.