Antártida ganha mais gelo do que perde - TVI

Antártida ganha mais gelo do que perde

Camada de gelo da Antártica entra em colapso [Foto: Twitter]

Novo estudo da NASA defende que os ganhos de gelo em determinadas área do continente são superiores às perdas. No entanto, as previsões indicam um aumento global do degelo nos próximos 20 anos

Um novo estudo da NASA está a causar polémica ao anunciar que na Antártida está a acontecer um aumento de acumulação de gelo superior aquele que foi perdido. A equipa da Nasa chegou a esta conclusão depois de os cientistas terem examinado a expessura das camada de gelo da região, através de imagens de satélite.

Aparentemente, a pesquisa entra em contradição com os estudos que têm sido realizados nesta matéria nos últimos dez anos, segundo os quais o degelo estaria a contribuir para uma subida do nível dos oceanos.

Apesar de muitos cientistas concordarem que a Península antártida e partes do oeste da Antártida estão efetivamente a perder gelo a um ritmo acelerado, o estudo da NASA contrapõe que na região oriental, mas também no interior do continente, estão a haver aumentos de gelo superiores às perdas.
 
De acordo com a nova análise, a camada de gelo da Antártida mostrou um ganho líquido de 112 mil milhões de toneladas de gelo por ano entre 1992 e 2001. Este ganho diminuiu para 82 mil milhões de toneladas entre 2003 e 2008.

A notícia pode parecer reconfortante, no entanto, bastam algumas décadas para que o crescimento se inverta. Se as perdas da Península e das partes do oeste continuarem a aumentar ao mesmo ritmo das últimas décadas, os cientistas antevêm um aumento global do degelo nos próximos 20 a 30 anos.

No entanto, esta situação já pode estar a acontecer. De acordo com outra investigação realizada pelo  Postdam Institute for Climate Impact Research, da Alemanha, divulgada esta segunda-feira, sugere que assim será nos próximos 60 anos e que o degelo na Antártida Ocidental não será compensado por ganhos noutras regiões, levando a um aumento de três metros no nível do mar.
Continue a ler esta notícia