“A presença de néon na exosfera da Lua tem sido motivo de especulação desde as missões de Apolo, mas não tinham sido detetadas provas credíveis”, afirmou Mehdi Benna, da NASA. “Ficámos contentes, não só por confirmar finalmente a sua presença, mas por mostrar que é relativamente abundante”.
Os investigadores dizem, no entanto, que o gás não está presente em quantidades suficientes para fazer a Lua brilhar, porque a sua atmosfera é 100 biliões de vezes menos densa do que a da Terra. Contudo, as novas descobertas permitiram apurar que o néon é um dos componentes mais abundantes na atmosfera do satélite, para além do hélio e do argão.
Grande parte da exosfera da Lua provém dos ventos solares, que contém uma grande quantidade destes elementos químicos, e de rochas lunares.
Os dados recolhidos permitiram ainda descobrir a origem de grande parte do hélio presente no satélite natural da Terra, que é produzido a uma velocidade de sete litros por segundo.
“Cerca de 20% do hélio vem da própria Lua, provavelmente resulta do deterioramento de tório e urânio radioativo, descoberto também em rochas lunares”.
As descobertas foram feitas depois de uma análise da atmosfera lunar, durante sete meses consecutivos. A nave já orbita em torno da Lua desde abril de 2014.