O clima do planeta vermelho não foi sempre frio, árido e seco, de acordo com a agência espacial. Marte era húmido e quente, tinha água e uma atmosfera densa que o protegia, há milhares de milhões de anos. Os cientistas interrogavam-se sobre o que poderia ter originado as condições meteorológicas no planeta e, agora, pensam ter descoberto a solução.
“A resposta está no vento”, afirmou Michael Meyer, da NASA.
De acordo com os dados recolhidos pela sonda, os ventos solares retiraram alguns iões da atmosfera de Marte e gases, como o oxigénio e o dióxido de carbono. Segundo a CNN, isto pode significar que houve uma perda de grande parte da atmosfera, na história do planeta.
What happened to Mars' atmosphere? The answer from @MAVEN2Mars is blowing in the solar wind: https://t.co/gUTToN1vmn pic.twitter.com/JZHZTYSwxo
— NASA (@NASA) 5 novembro 2015
Algo que, teoricamente, pode acontecer à Terra, uma vez que a NASA já anunciou que o nosso planeta também está a perder iões. Contudo, a agência espacial disse que não há perigo por agora, porque o planeta azul está protegida por um campo magnético.
Os cientistas explicaram que a MAVEN mostrou também que há auroras, em Marte, semelhantes às Luzes do Norte, vistas na Terra. Mas, o fenómeno é espalhado por uma área maior no planeta vermelho, porque o campo magnético é muito menos denso.
Os especialistas acrescentaram ainda que a famoso pó avermelhado, em Marte, pode ter tido origem noutros planetas ou nas suas luas. A conclusão foi tirada depois de terem sido analisados os padrões dos grãos de areia e a sua distribuição.
As novas revelações surgem depois da NASA ter anunciado a descoberta de água em Marte , em setembro, afirmando que há, até, vários cursos de água salgada na superfície marciana. Já em março, a agência espacial tinha dito que a área do oceano primitivo do planeta era superior à superfície coberta pelo Oceano Atlântico.