Fragata afundada há 200 anos tinha mais tesouros do que se pensava - TVI

Fragata afundada há 200 anos tinha mais tesouros do que se pensava

Polémica sobre a posse de mais de 600.000 moedas de ouro e prata vem desde 2007. Oito anos depois, Espanha descobriu ainda mais peças de valor arqueológico

Um canhão de bronze com 80 centímetros, um pilão de ouro, um castiçal de prata, três colheres, um garfo e três placas de prata. Estas são algumas das 12 peças descobertas na expedição feita por Espanha à fragata Nuestra Señora de Las Mercedes, que se afundou há dois séculos, em 1804, ao largo do Algarve. 

A embarcação não foi descoberta agora. Em 2007, uma empresa norte-americana, a Odyssey, encontrou-a, bem como cerca de 600.000 moedas de ouro e prata.

O feito originou uma batalha legal, com Espanha a reclamar a propriedade daquele tesouro, uma vez que a fragata era espanhola. E isto embora não tivesse sido o país a encontrá-lo. 

Depois de cinco anos de disputa nos tribunais, com recursos judiciais da empresa dos EUA à mistura, as 17 toneladas de moedas ficaram mesmo sob alçada de nuestros hermanos. Partiram da Flórida, a bordo de dois Hércules C-130 e tiveram como destino uma base militar próxima de Madrid. 

Parte do tesouro, estimado em cerca de 435 milhões de euros, ao valor atual, chegou mesmo a ser exibido.

E agora, numa expedição do Instituto Español de Oceanografía (IEO), que teve início a 18 de agosto, coordenada pelo Museu Nacional de Arqueologia Subaquática e na qual participação ainda militares do Museu Naval, conseguiram-se novas descobertas de grande valor arqueológico. 

A fragata Nuestra Señora de Las Mercedes afundou numa batalha contra uma frota britânica. Todas as 249 pessoas que seguiam a bordo morreram. Parte do precioso tesouro de moedas pertencia à fortuna pessoal de comerciantes. Outra parte à coroa espanhola. Duzentos anos depois, ainda faz história. 


 
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