Huawei P10: uma câmara profissional contra os líderes do mercado - TVI

Huawei P10: uma câmara profissional contra os líderes do mercado

  • Élvio Carvalho
  • Em Barcelona
  • 27 fev 2017, 01:56

Na véspera do Mobile World Congress, a Huawei apresentou os seus novos telemóveis topo de gama: o P10 e o P10 Plus. A aposta da marca chinesa passa por três pontos essenciais: Câmara, design e potência

Cores. Câmara. Potência.

Mais cores, mais câmara, mais potência. É o resumo do P10, o novo topo de gama da chinesa Huawei, a marca que quer destronar a Apple e a Samsung dos primeiros lugares das vendas de smartphones.

O novo flagship da empresa, que foi apresentado este domingo, em Barcelona, na véspera do Mobile World Congress (a maior exposiçao de dispositivos móveis), não é uma apenas uma versão melhorada do P9, mas também um artigo que mostra a clara direção da empresa no caminho certo para conseguir colocar-se, definitivamente, ao lado das duas gigantes com as quais compete. O P10 apresenta-se como um rival dos iPhone (Apple) e dos S (Samsung).

A câmara é, em primeiro lugar, a grande aposta da marca. Processadores e baterias superiores, todos os smartphones de primeira linha apresentados no Mobile World Congress vão trazer, no entanto, nem todos terão tanta preocupação com a máquina fotográfica como a Huawei. 

A parceria com a Leica transitou desde o P9 e cresceu. O novo topo de gama da Huawei traz duas camaras traseiras (12MP + 20MP) desenhadas em colaboração com a marca alemã, que, segundo a marca, transformam o telemóvel praticamente numa câmara profissional capaz de fazer chamadas.

Além da qualidade das lentes, o CEO da divisão do consumidor, Richard Yu, fez questão de destacar as várias possibilidades de estilos e cores que podem ser aplicados, para que o utilizador não precise de uma câmara separada do telefone.

Outra novidade passa pela câmara frontal de 8MP que, agra, é, também, Leica. Richard Yu, disse em palco que esta aposta quer agradar, e agarrar, outro nicho, além dos fotógrafos profissionais: os fãs dos autorretratos, as selfies.

Aqueles que preferem o vídeo às fotografias também não foram esquecidos. As câmaras Leica da parte traseira são capazes de captar em resolução 4K.

 

Agora as cores. Já se notava em modelos anteriores que a estética passou a ser uma das principais preocupações da marca. O P10 é a cara dessa preocupação. 

Como explicou à TVI24, Kevin Ho, CEO da divisão de telemóveis, a Huawei quer que o consumidor olhe para o seu smartphone também como uma peça fashion, de moda, em bom português. Para isso trabalharam essencialmente ao nível da cor, numa parceria inédita com a Pandone.

O P10 vai chegar ao mercado em oito cores diferentes: branco (Ceramic White), azul (Dazzling Blue), verde (Greenery) dourado (Dazzling Gold e Prestige Gold), preto (Graphite Black), cinza (Mystic Silver) e rosa (Rose Gold).

Quisemos que [o utilizador veja o telemóvel] como um artigo de moda. As cores são muito especiais, são ‘muito fáceis de lembrar e difíceis de esquecer’. Com o P10 trabalhámos com a Pandone pela primeira vez. Espero que [com esta variedade] os consumidores tenham uma ligação com o telemóvel”, disse.

Ao nível do design, Kevin Ho rejeita qualquer tentativa de aproximação ao iPhone e garante que o P10 foi pensado para uma “experiência Android”. Mesmo quando questionado sobre outra das alterações: o sensor de impressão digital. No P9, a marca instalou-o na parte traseira do telemóvel, mas agora está novamente na parte da frente. Kevin Ho justifica a mudança com uma revolução no botão principal, que agora além do sensor de impressão digital tem outras funções.

Na verdade não é um botão, antes uma espécie de touchpad que ajuda a navegar no software. Demorou cerca de seis meses a desenvolver.

Sabemos que alguns consumidores preferem o botão parte de trás e que outros preferem na frente. Mas este é um design único. Se experimentarem vão perceber isso.”

Outros detalhes do novo topo de gama da marca chinesa incluem uma bateria maior, mas mais fina, um visor 70% mais resistente que o anterior e “gigas e gigas” de espaço para guardar tudo o que precisar – quantas fotos quiser - dependendo do modelo que escolher.

Detalhes técnicos

  P10 P10 Plus
Tamanho e ecrã 6.98mm / Ecrã curvo de 5.1" / Gorilla Glass 
Câmara Traseira: 12MP + 20MP  Frontal: 8MP 
Processador Kirin 960 octa-core (Cortex-A73, 2.4GHz + A53 1.8 GHz)
Memória 4GB RAM / 64GB 4GB RAM / 64 GB / 128 GB
Bateria 3200mAh  3750mAh


Apesar das atenções estarem viradas para o novo smartphone, o P10 não foi o único artigo que a Huawei apresentou em Barcelona. Como já se suspeitava, com ele veio também a nova aposta da marca nos wearables, na forma de um novo relógio inteligente: o Watch 2, equipado com o sistema Android 2.0.

Na verdade, o novo relógio é uma mistura de vários wearables, que une o desporto à comodidade. Combina funções de vários dispositivos de fitness, como contador de passos e medidor de pulsação, com a possibilidade de realizar chamadas, ouvir música e, o item mais inovador, fazer pagamentos. O aparelho também tem algumas aplicações próprias.

A Huawei preferiu destacar outra vantagem do Watch 2: a bateria. Com uma utilização normal, o relógio inteligente deverá aguentar dois dias, porém no modo que apenas mostra as horas, a carga deverá durar cerca de um mês.

No entanto, apesar de úteis e inovadores, Kevin Ho não acredita que os wearables consigam superar a importância atual dos smartphones, o grande foco da empresa, uma vez que são estes que já são parte dos seus utilizadores.

Os smartphones já são parte da vida das pessoas. O telemóvel é parte de ti. (…) Para o futuro vamos continuar a renovar (upgrade) o hardware e o software. A inteligência artificial (A.I.) e a realidade virtual (V.R.) vão ser muito importantes no futuro. Vamos continuar a trabalhar para levar aos nossos consumidores os melhores produtos”, acrescentou.

O novo P10 estará à venda em Portugal por 649,99€, o P10 Plus por 799,99€ e o Watch 2 por 349,99€.

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