Covid-19 persistente: quem são os doentes com maior risco de ter covid durante semanas ou meses? - TVI

Covid-19 persistente: quem são os doentes com maior risco de ter covid durante semanas ou meses?

  • Bárbara Cruz
  • 21 out 2020, 13:34
Covid-19

Estudo britânico conseguiu traçar o perfil dos doentes que estão mais vulneráveis a sofrer de formas prolongadas da doença: um em cada 45 infetados tem covid-19 ao longo de pelo menos 12 semanas

Um estudo com dados compilados a partir de uma aplicação britânica onde os doentes são convidados a inserir informações que facilitam o estudo da covid-19 apurou quem são aqueles que têm maior risco de sofrer de uma forma prolongada da doença.

A pesquisa, citada pela BBC, refere que uma em 20 pessoas fica doente com covid-19 durante pelo menos oito semanas e concluiu que ser mulher, ter asma e excesso de peso são fatores de risco para sofrer de covid-19 persistente. Outro indicador é o número de sintomas do doente na primeira semana de infeção. 

Ter mais de cinco sintomas diferentes na primeira semana foi um dos fatores de risco", disse à BBC Claire Steves, investigadora da Kings College de Londres, uma das autoras da pesquisa.  Por exemplo, quem tenha tosse, fadiga, dor de cabeça, diarreia e perca o olfacto tem maior risco de sofrer da doença por mais tempo do que um doente que tenha apenas tosse, explicou a especialista, acrescentando que o risco se eleva para mulheres a partir dos 50 anos. 

Vimos por informações anteriores que os homens têm muito maior risco de sofrer formas graves da doença e, infelizmente, de morrerem de covid, mas parece-nos que as mulheres têm maior risco de covid persistente", disse ainda Steves. 

Segundo o estudo, uma em sete pessoas tem covid-19 durante pelo menos quatro semanas, uma em 20 pessoas fica doente durante pelo menos oito semanas e uma em 45 pessoas tem covid-19 ao longo de pelo menos 12 semanas. 

Julgamos que vai ser realmente importante, porque assim conseguimos identificar estas pessoas, talvez oferecer-lhes estratégias preventivas, mas também, e isto é crucial, fazer o seguimento e garantir que recebem a reabilitação de que necessitam", resumiu a investigadora. 

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