Estudo com profissionais de saúde quer perceber se cloroquina e hidroxicloroquina previnem a Covid-19 - TVI

Estudo com profissionais de saúde quer perceber se cloroquina e hidroxicloroquina previnem a Covid-19

  • Bárbara Cruz
  • 21 mai 2020, 15:53
Enfermeiros

Ensaio clínico deverá envolver mais de 40 mil profissionais de saúde na Europa, Ásia, África e América do Sul

Um ensaio clínico com profissionais de saúde quer perceber se as tão faladas cloroquina e hidroxicloroquina, dois medicamentos para prevenir e tratar a malária, podem efetivamente prevenir a infeção por Covid-19. 

Segundo a BBC, trata-se de um ensaio clínico global que deverá envolver mais de 40 mil profissionais de saúde da Europa, Ásia, África e América do Sul. A única condição para participar no estudo é que estes profissionais trabalhem em contacto com doentes infetados com Covid-19.  

Os primeiros participantes no Reino Unido deverão tomar hidroxicloroquina ou um placebo durante três meses. Na Ásia, deverá ser administrada a cloroquina ou um placebo. 

Um dos investigadores principais do estudo, Nicholas White, da Universidade de Oxford, admite que , nesta altura, ainda não se sabe se tanto a cloroquina como a hidroxicloroquina trazem benefícios ou são prejudiciais no tratamento da Covid-19, mas garante que um estudo abrangente como este é a melhor forma de o perceber. 

Uma vacina efetiva, segura e acessível pode estar ainda muito longe", assinala outro dos autores da pesquisa, Martin Llewelyn, da Brighton and Sussex Medical School. "Se medicamentos tão bem tolerados como a cloroquina e hidroxicloroquina puderem reduzir as probabilidade de apanhar Covid-19, seria incrivelmente valioso", sublinhou. 

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A cloroquina e a sua variante hidroxicloroquina são usadas para regular a resposta imunitária do organismo, nomeadamente em tratamentos de artrite reumatoide e lúpus, uma doença inflamatória autoimune. 

Jair Bolsonaro, o presidente  brasileiro, tem defendido o uso de cloroquina no tratamento da Covid-19; por discordar do recurso ao medicamento, cuja eficácia não está sequer provada na prevenção da Covid-19, o ministro da Saúde brasileiro Nelson Teich demitiu-se na semana passada, depois de alertar para os efeitos secundários da cloroquina, que podem ser graves e incluir tremores, problemas de visão, dores abdominais ou diarreia.

O presidente dos Estados Unidos também revelou recentemente que estaria a tomar hidroxicloroquina para prevenir uma infeção por Covid-19.
 

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