Bombeiro desfigurado recebe maior transplante facial da história - TVI

Bombeiro desfigurado recebe maior transplante facial da história

Patrick Hardison ficou com a cara totalmente queimada, depois de ter entrado num prédio em chamas para salvar uma mulher, em 2001. Agora pode recuperar a sua vida normal, depois da cirurgia

Patrick Hardison ficou completamente disfigurado enquanto trabalhava como bombeiro voluntário, mas o avanço na medicina deu-lhe uma nova razão para sorrir. O homem recebeu o maior transplante facial da história, em agosto, e uma nova esperança para a vida.

O bombeiro ficou com a cara totalmente queimada, depois de ter entrado num prédio em chamas para salvar uma mulher, em 2001. Desde esse dia, a sua vida nunca mais foi a mesma.
 

“As crianças saíam a correr, a gritar e a chorar, quando me viam. Há coisas piores do que morrer. Pensei durante anos que ia morrer como fiquei depois do acidente. Nunca pensei estar aqui sentado, depois de um transplante da cara”, disse, à New York Magazine.


A medicina e a permissão da família de um jovem que morreu num acidente de bicicleta permitiram que pudesse realizar o sonho de ter uma nova cara.

O dador era o ciclista David Rodebaugh, de 26 anos. A mãe permitiu que o seu rosto fosse transferido para o corpo de Patrick e, segundo o The Telegraph, contou aos médicos que o filho sempre quis ser bombeiro.

Patrick teve de se submeter a 70 cirurgias para poder receber o transplante facial completo, que demorou 26 horas.

A cirurgia concedeu-lhe um novo rosto, orelhas, nariz, queixo, couro cabeludo e músculos para controlar as pálpebras.

Os médicos da clínica NYU Langone, responsáveis pela operação, garantem que foi a maior cirurgia facial de sempre e que, apesar das dificuldades, foi extremamente bem-sucedida. Agora, Patrick está a fazer fisioterapia e deve continuar com os exercícios para obter total controlo da cara nos próximos meses. Mas, a equipa acredita que estará em casa antes do final do ano.
 

“Uma pessoa que olhe por acaso não vai perceber que há algo diferente”, explicou o cirurgião Eduardo Rodriguez.


Para Patrick, o transplante foi uma nova esperança para um novo recomeço, porque lhe devolveu a normalidade perdida.
 

“Antes costumavam olhar para mim na rua a toda a hora, mas agora sou apenas um homem normal”.
 



 

 

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