Cobra pitão pode virar um petisco na Florida - TVI

Cobra pitão pode virar um petisco na Florida

Pitão

Investigadores estão a avaliar se os níveis de mercúrio presentes na carne da pitão birmanesa são seguros para a saúde humana. Se a resposta for sim, o predador pode tornar-se em presa

Uma equipa de cientistas da Florida, Estados Unidos, está a avaliar se a pitão birmanesa é segura para ser comida pelo ser humano. A Comissão de Conservação da Vida Selvagem e do Peixe (FWC, sigla do nome em inglês) e o Departamento de Saúde da Florida estão a investigar, em colaboração, se os níveis de mercúrio presentes na carne da cobra pitão birmanesa, uma espécie invasora da região de Everglades, são seguros para irem parar aos menus dos restaurantes e à mesa dos habitantes da Florida.

O estudo ainda está num processo muito inicial. Ainda estamos no processo de colheita de amostras e a pandemia atrasou-nos um pouco. O objetivo é ter as nossas amostras recolhidas a partir das cobras que são apanhadas pelo nosso programa”, revelou à CNN Susan Neel, porta-voz da FWC.

O objetivo é produzir informação e “aconselhamento sobre o consumo de pitão birmanesa para melhor informar o público”. De acordo com Susan Neel, há grande esperança que a cobra passe de predador a presa em breve.

O mercúrio é um elemento presente no ambiente por natureza e até em níveis bastante altos em Everglades. "O mercúrio bioacumula-se no meio ambiente e encontra-se altos níveis de mercúrio no topo da cadeia alimentar, onde as pitons infelizmente se posicionaram", explica Mike Kirkland, o diretor do Programa de Eliminação da Pitão.

Esperamos que os resultados desencorajem o público de consumir pitons, mas se pudermos determinar que elas são seguros para comer, isso seria muito útil para controlar sua população", acrescentou.

O Programa de Eliminação da Pitão é financiado pelos serviços de água do Sul da Florida. Até ao momento, mais de 6 mil cobras pitão foram removidas da região de Everglades através deste programa.

As cobras pitão não são venenosas. Elas matam as presas por constrição. Não são um animal nativo do Sul dos Estados Unidos e, quando surgiram na região, nos anos 80, ameaçaram drasticamente a vida selvagem nativa. Por isso, a FWC apela aos habitantes que matem estes animais, de forma humanizada, se o conseguirem, e que reportem qualquer avistamento às autoridades.

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