A revista científica que publicou uma controversa experiência da empresa do Facebook sobre manipulação de sentimentos admitiu, esta quinta-feira, estar preocupada por não terem sido seguidos nem a ética científica nem os princípios do consentimento informado.
Apesar de não se retratar, a revista norte-americana Atas da Academia Nacional das Ciências (PNAS, na sigla em Inglês) adiantou que, por norma, publica experiências que permitiram aos indivíduos optar pela saída da investigação.
A empresa do Facebook parece ter sido excluída desta regra, uma vez que todos os utilizadores concordaram com a sua política em relação à informação quando abriram uma conta, o que constituiu uma autorização informada para a investigação, segundo a PNAS.
Cerca de 689 mil utilizadores do Facebook tiveram o seu feed de notícias manipulado, no âmbito da experiência conduzida por investigadores da Universidade de Cornell e da Universidade da Califórnia.
O objetivo da pesquisa era perceber qual a influência das mensagens negativas ou das mensagens positivas do feed no humor dos utilizadores. Alterando o algoritmo usado para distribuir os posts, o Facebook fez que com alguns utilizadores recebessem mais mensagens positivas e outro grupo de pessoas mais mensagens negativas.
A experiência concluiu, a partir dos posts dos utilizadores depois da manipulação do feed, que as emoções divulgadas no feed influenciam o humor dos pessoas, num processo de contágio emocional.
Revista que publicou estudo polémico do Facebook preocupada com falta de ética
- tvi24
- EC
- 3 jul 2014, 23:39
A revista científica afirma que, por norma, publica experiências que permitiram aos indivíduos optar pela saída da investigação
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