A promessa diz respeito ao projecto RAPID (Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente), que faz parte do Plano Tecnológico e do Simplex, que vai ser implementado no Brasil, conforme anunciou esta segunda-feira o ministro Rui Pereira.
«Os passageiros previamente e devidamente registados apenas inserem o passaporte na ranhura de uma máquina, partem de Lisboa e desembarcam no Brasil, sem qualquer controlo humano», explicou José Magalhães.
Luta contra imigração ilegal é um «sucesso»
Depois dos passageiros registarem «antecipadamente» os seus dados na Internet, estes serão «devidamente registados e tratados», serão feiras as «verificações que as leis portuguesa e brasileira obrigam» e os «passageiros obterão ou não autorização» para viajar: «Tudo isto demorará 20 segundos.»
Este sistema já está em vigor «em todos os aeroportos internacionais de Portugal» e «só em Portugal», fez questão de sublinhar o secretário de Estado. «É uma inovação portuguesa, que nos coloca em vantagem para distribuirmos os nossos conhecimentos e o Brasil está muito interessado», afirmou.
Imigrantes estão a sair de Portugal
De acordo com José Magalhães, o RAPID foi instalado em «um ano e meio». «Agora, exportá-lo para o Brasil julgo que poderá ser mais depressa», prometeu, sem especificar uma meta.
«Se o controlo automático de passagem de fronteiras tiver êxito, mudará radicalmente a maneira de viajar entre Portugal e o Brasil.
O ministro da Administração Interna também abordou o RAPID. « Penso que posso considerar o nosso plano tecnológico um êxito. Está a vigorar o passaporte electrónico, a leitura óptica de documentos e o sistema RAPID, um dos mais desenvolvidos do mundo. Permite, em rapidez, qualidade e segurança, ler automaticamente os passaportes», disse Rui Pereira.