A Grande Barreira de Coral, na Austrália, sofreu um novo branqueamento de corais, e os cientistas afirmam que os danos são extremos. Este é o terceiro branqueamento de corais nos últimos cinco anos, que já provocaram a destruição de mais de dois terços daquele organismo.
Ainda assim, o relatório da Autoridade Marinha do Parque da Grande Barreira de Coral, tutelada pelo governo australiano refere que também foram verificados dados positivos, uma vez que foram encontrados algumas bolsas saudáveis em alguns locais.
Aquela autoridade governamental confirmou que ainda estão em curso vários estudos com recurso a imagens aéreas, mas confirmou a existência do branqueamento de corais.
Uma atualização semanal está a ser providenciada pela autoridade responsável pelo estudo.
O recife estava a começar a recuperar dos danos causados em 2016 e 2017 e agora temos uma terceira ocorência", afirmou o cientista David Wachenfeld à BBC.
Terry Hughes, que também está a companhar a situação no local, afirmou que a equipa está "exausta". O cientista partilhou um vídeo atrvés do seu Twitter pessoal.
O branqueamento de corais consiste na morte dos pólipos responsáveis pela regeneração dos recifes e tem como principal causa a mudança cimática. Para Terry Hughes há uma evidente relação entre o aumento da temperatura da água do mar e a destruição dos sistema.
Anthropogenic global heating: Today’s results from the #GreatBarrierReef - unprecedented, extreme levels of #coral bleaching - are exactly as predicted by the observed temperature extremes this summer.....@BOM_au @MarkEakin https://t.co/2cl5FNcfHu pic.twitter.com/efoAq8ryUP
— Terry Hughes (@ProfTerryHughes) March 26, 2020
A Austrália já tinha revisto, em agosto de 2019, o estado do sistema, que agora está classificado como "muito mau".
A Grande Barreira de Coral cobre uma área com cerca de 2.300 quilómetros quadrados e é um local reconhecido como Património da Humanidade pela UNESCO.